À espera de julgamento nesta terça-feira, Abel Braga reconhece que 'passou do ponto'

O Fluminense só volta a campo pelo Brasileirão no próximo sábado quando enfrenta o Atético-MG, no Engenhão, às 18h, em jogo válido pela 31ª rodada. Porém, o técnico Abel Braga, o atacante Rafael Moura e o meia Souza terão um grande desafio nesta terça-feira: escapar de altas punições pela confusão do último Fla-Flu, quando os tricolores se sentiram prejudicados pela arbitragem.

Denunciado pelo Superior Tribunal de Justição Desportiva (STJD), o trio vai a julgamento nesta terça-feira, às 18h. Indiciado por ter dado uma cusparada no meia rubro-negro Renato Abreu, Rafael Moura vai responder ao artigo 254-B (Cuspir em outrem) do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD). A pena é de seis a 12 partidas de suspensão,o que pode até tirá-lo do restante do Brasileirão.

Por sua vez, o meia Souza foi enquadrado no artigo 254 (praticar jogada violenta) por ter cometido falta que impediu um contra-ataque do Flamengo. Além de já ter cumprido uma partida de suspensão automática, Souza poderá desfalcar a equipe em mais cinco oportunidades.

Já Abel Braga deverá se ro caso mais complicado para o departamento jurídico do clube. Além de ter ofendido com xingamentos os membros do quarteto de arbitragem, o treinador se recusou a deixar a área técnica após ser expulso pele árbitro Felipe Gomes da Silva.

Por essa conduta, Abel terá que responder uma vez aos artigos 258-C (dar ou transmitir instruções a atletas, durante a realização de partida, prova ou equivalente, em local proibido pelas regras ou regulamento da modalidade desportiva) e 258 (assumir qualquer conduta contrária à disciplina ou à ética desportiva não tipificada pelas demais regras deste Código) e outras duas vezes ao artigo 243-F (ofender alguém em sua honra, por fato relacionado diretamente ao desporto).

Se receber a pena em 100% das acusações o comandate tricolor poderá ficar até 21 jogos sem poder treinar a equipe. Apesar da situação delicada, Abel demonstrou tranquilidade na véspera do julgamento e também reconheceu que exagerou nas reclamações.

“Sei que passei do ponto naquela partida, mas até agora não sei porque fui expulso no primeiro momento. O quarto árbitro faltou com educação comigo. Agora vamos aguardar qual vai ser a decisão no julgamento”, disse o técnico, à Rádio Brasil.