Felipão descarta 'barca de dispensa' e usa estatística para escolher remanescentes

Luiz Felipe Scolari exigiu ‘camarão e carne’ para a diretoria do Palmeiras em 2012 e admite que o atual elenco é limitado. Quem está no grupo vive a expectativa de permanecer para a próxima temporada e dá o último gás na reta final para surpreender o chefe. O técnico, no entanto, descarta uma lista de dispensas e diz que já fez as observações que precisava usando estatísticas.

Até o fim do Brasileirão, restam três jogos para o grupo mostrar trabalho. Contra o Bahia, domingo, no estádio Pituaçu, além dos clássicos contra São Paulo e Corinthians. Felipão diz que não fará um ‘vestibular’.

“Não vou fazer testes porque passei o ano todo trabalhando com esses jogadores e sei das reações de todos. Através de alguns dados estatísticos e ferramentas nós vamos montar essa equipe. É normal que um clube de futebol tenha três, quatro ou cinco modificações na sua estrutura. Mas não vai sair muita gente até porque não devem chegar tantos atletas e preciso de uma equipe”, disse.

O discurso de Felipão contraria o desejo de parte da diretoria de ver testes na reta final, já que o time praticamente escapou do rebaixamento e está em uma zona de conforto. A ideia era que atletas pouco utilizados fossem observados, especialmente os mais jovens, caso de Patrick Vieira.

Alguns jogadores ainda se apegam aos jogos finais para se firmar e conquistar de vez o treinador. O lateral-esquerdo Gerley, por exemplo, ganhou nova chance com a negociação de Gabriel Silva para a Udinese, da Itália. O zagueiro Leandro Amaro também vem sendo titular desde que Henrique foi parar no banco de reservas.

“Vínhamos observando e eles treinando para se davam condições de serem escalados ou não. Agora superaram os que vinham jogando e a gente coloca”, disse Felipão, sem entrar em detalhes sobre o futuro dos atletas.

Sobre a chegada de reforços, Felipão ainda prefere manter um tom de mistério. O gerente de futebol Cesar Sampaio disse ter encaminhada a contratação de três jogadores. Ao ser questionado sobre as negociações com Wagner e Obina, o comandante se limitou a responder ‘não sei’.