Semana Gre-Nal começa com discurso inflamado, pressão e ironia no Grêmio

Os jogadores do Grêmio estão de folga nesta segunda-feira. A abertura da semana Gre-Nal, no entanto, não tem nada de monótona. O discurso 'inflamado' do meia Marquinhos e a pressão da torcida contra o técnico Celso Roth deixam o ambiente longe do tranquilo no time do Olímpico. O camisa 19 foi além, e ironizou ao dizer que atualmente Inter e Grêmio vivem situação semelhante no certame.

"O Campeonato Brasileiro acabou, agora é regional. É uma decisão. Independente de qualquer situação. Eu nunca tinha vivido uma rivalidade tão grande quanto aqui. Joguei muitos clássicos, pelo Brasil todo, mas aqui é diferente. Num Gre-Nal, que é um jogo de pegada, nada mais importa. Estamos devendo para nós mesmos e para o torcedor. Temos que pagar", garantiu o meia após a partida entre Grêmio e Atlético-GO.

Exatamente o duelo com os goianos, que acabou no empate em 2 a 2, desencadeou uma série de protestos contra o técnico Celso Roth. Os torcedores vaiaram o comandante de campo desde antes da partida e não esconderam intenção de "derrubar" o treinador para a próxima temporada.

Em meio a isso, a preparação para o jogo com o rival define o último objetivo da temporada: evitar que o Inter acabe o Brasileirão no G-5 e se classifique para a Libertadores. Mesmo que Marquinhos não considere tão diferente a situação de ambos.

"Não nos preocupamos com eles [Inter]. Nem na Libertadores estão. Ou estou errado? Hoje disputariam a mesma coisa que o Grêmio. Porque estão em sexto. Eles têm as obrigações deles, temos que ir para lá querendo vencer o jogo", garantiu. "Nosso foco é só no Grêmio", completou.

O que pode parecer falta de tranquilidade, na verdade é combustível para o Grêmio. Sem metas evidentes no Brasileirão, a equipe espera um último trunfo numa temporada decepcionante.

O duelo derradeiro para ambos no Brasileiro ocorre no Beira-Rio, às 17h (horário de Brasília), de domingo. Adílson, suspenso, está fora. Fernando deve voltar ao time no meio-campo.