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Sem repetir escalação em 2012, Atlético-MG usou 19 formações diferentes em 21 jogos

Réver diz que time conseguiu manter regularidade na temporada mesmo com seguidas mudanças - Bruno Cantini/Site do Atlético-mG
Réver diz que time conseguiu manter regularidade na temporada mesmo com seguidas mudanças Imagem: Bruno Cantini/Site do Atlético-mG

Bernardo Lacerda

Do UOL, em Vespasiano (MG)

01/06/2012 09h05

Apesar da campanha regular na temporada, o Atlético-MG ainda encontra dificuldades para ter uma equipe titular definida. Por causa de lesão e suspensão de jogadores, o técnico Cuca ainda não conseguiu repetir a escalação da equipe por dois jogos seguidos.

Ao todo, são 19 formações diferentes nos 21 jogos disputados em 2012, desde o Campeonato Mineiro, passando pela Copa do Brasil, até a estreia do Campeonato Brasileiro, o que dificulta o trabalho do treinador.

A formação base utilizada por Cuca tem sido Renan Ribeiro; Marcos Rocha, Réver, Rafael Marques e Richarlyson; Pierre, Leandro Donizete, Bernard e Danilinho. Guilherme e André, que foram os atletas que mais jogaram ao longo da temporada.

Porém, muitas mudanças aconteceram na equipe. O treinador atleticano foi obrigado a modificar os titulares de todas as posições. O meio de campo e a lateral direita foram os setores que mais sofreram alteração pelo treinador, principalmente por causa de lesões.

As modificações começaram no gol, com Giovanni no lugar de Renan Ribeiro. Na lateral direita, Marcos Rocha e Carlos César disputaram posição. Entre os volantes, Leandro Donizete foi quem mais esteve ausente, dando chances para Fillipe Soutto e Serginho. No meio de campo, Danilinho, Mancini e Escudero se revezaram entre a titularidade.

Ao todo, Cuca utilizou 29 jogadores na temporada, mesmo que alguns entrando poucos minutos no decorrer da partida. Apenas os goleiros Lee e Paulo Victor, meia Jackson, que se recuperou de grave lesão, e o atacante Jô, recém-contratado, não atuaram até então.

O atacante André, que está suspenso diante do Bahia, na quarta-feira, foi quem mais esteve em campo na temporada, 20 vezes, mas sem conseguir ter um companheiro fixo, já que Guilherme não se firmou. A defesa é a posição que mais tem uma cara, com Réver, Rafael Marques na zaga central e Richarlyson na lateral esquerda.

O zagueiro Réver afirma que tantas mudanças não atrapalham o Atlético. “Um passa confiança para o outro e o Cuca nos dá muita tranquilidade. Isso faz com que o sucesso apareça. As peças do grupo estão sendo fundamentais. Não se repetiu a equipe e o rendimento foi igual ou melhor do que na última partida”, disse.

O volante Richarlyson reconhece que o time ainda não tem um “esqueleto” definido. “Esqueleto formado não sei se posso dizer, pois o Cuca não conseguiu repetir a mesma formação nenhuma vez no ano, mas a formação tática está bem desenhada, qualquer jogador que chegar e souber ler isso, vai se dar bem”, destacou.

“O próprio Junior César que não treinou com a gente estreou e se sentiu bem, não teve aquilo de não saber como jogar, pois o Atlético é muito bem treinado, bem definido”, acrescentou o lateral atleticano.