Souza diz que nem sabe falar "ludibriar", palavra usada pelo STJD para denunciá-lo

Polêmico nas declarações, o armador Souza manteve o ‘estilo’ e garantiu que nem sabe falar direito “ludibriar”, palavra que a procuradoria do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) afirma que o jogador disse para caracterizar a atitude dos jogadores celestes, quando o árbitro Luiz Flávio de Oliveira desistiu de expulsar Charles do jogo contra o Náutico, quando já tinha mostrado cartão vermelho ao volante.

“A gente não pode ficar falando muito. Dei entrevista depois do jogo do Náutico. Mas não sei nem falar essa palavra direito: ludibriar. No dia que conseguir, vou parar de ser jogador de futebol e virar advogado”, brincou o armador cruzeirense.

Na última quarta-feira, o jogador viajou para o Rio de Janeiro para ser julgado no caso. Porém, por falta da súmula nos autos, o processo foi retirado da pauta e será remarcado, após a anexação da súmula. Por causa da viagem, o jogador não participou do treinamento no dia. Porém, Souza evitou comentar sobre o assunto para não ser mais prejudicado.

“É mais um fato que vai sobrar para mim se eu for falar mais. Quanto menos falar disso aí, melhor para mim e para o Cruzeiro. Até em casa tem que falar baixo, porque senão as pessoas ouvem”, comentou Souza.

Souza viajou para o Rio para se defender das declarações sobre a arbitragem do paulista Luiz Flávio de Oliveira, na partida contra o Náutico. Na ocasião, o árbitro voltou atrás na expulsão do volante Charles, e resolveu aplicar o cartão amarelo no lateral Diego Renan. Segundo Souza, a não retirada do jogador celeste foi devido à malandragem dos atletas celestes

“No futebol, às vezes, tem que ser sempre esperto, tem que tentar ludibriar o juiz. Foi o que aconteceu ali, e deu certo. Perder um homem no primeiro tempo, aqui nos Aflitos, seria complicado”, disse o jogador, sobre o lance, na saída do primeiro tempo.

Souza foi denunciado no artigo 250, por ato desleal ou hostil durante a partida, e pode pegar de um a três jogos. Charles foi incluso no artigo 254, por praticar agressão física durante a partida, e pode levar de quatro a 12 jogos de punição.

O volante e o lateral Diego Renan foram inclusos no artigo 258, por qualquer conduta contrária à disciplina ou a ética desportiva. Além deles, o árbitro Luiz Flávio de Oliveira e o assistente Emerson Augusto de Carvalho também foram denunciados no processo, por causa do episódio.

De acordo com o dicionário Houaiss, a palavra ludibriar significa “fazer acreditar em algo que não é verdadeiro; enganar com palavras capciosas; usar de dissimulação”.