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Criados pelo mesmo "pai", Bruno e Cavalieri se enfrentam pela primeira vez neste domingo

Bruno e Diego Cavalieri treinam juntos no Palmeiras sob olhares de Pracidelli - FERNANDO SANTOS/FOLHA IMAGEM
Bruno e Diego Cavalieri treinam juntos no Palmeiras sob olhares de Pracidelli Imagem: FERNANDO SANTOS/FOLHA IMAGEM

Do UOL, em São Paulo

11/08/2012 05h59

O jogo de domingo no Engenhão colocará dois goleiros “irmãos” em lados opostos. É assim que define Carlos Pracidelli, que pode ser considerado pai de Bruno e Diego Cavalieri, goleiros de Palmeiras e Fluminense, respectivamente.

Esta será a primeira vez que os dois se enfrentam profissionalmente desde que iniciaram as respectivas carreiras.

“Os goleiros da base sempre treinavam com os profissionais. Chegou um momento em que fomos promovidos para o time de cima e passamos a trabalhar juntos também. A amizade começou desde muito cedo e tenho o Diego como um dos grandes amigos que eu construí no futebol", disse o palmeirense ao site oficial, destacando que a amizade não teve pausa nem mesmo quando Cavalieri esteve no Liverpool.

"Conversamos muitas vezes durante a semana. É uma amizade que ficou. Mesmo quando o Diego foi para a Inglaterra, nunca perdemos o contato. Além de termos vindo da mesma escola de goleiros do Palmeiras, temos os mesmos hábitos e costumes. Nossas famílias se conhecem desde quando começamos aqui. É um amigo e será um prazer enfrentá-lo pela primeira vez", completou o camisa 1.

Bruno está no Palmeiras desde o dia 5 de julho de 1997, quando ainda tinha 13 anos. Ele fez a sua estreia em 2008, na derrota por 3 a 1 diante do Vasco, na Copa Sul-Americana.

Já Cavalieri chegou com a mesma idade ao Palestra Itália, em 1995. Em 2003, ele recebeu a primeira chance como titular em um amistoso contra o Rio Claro. Em 2005, no entanto, se destacou por aproveitar bem a fase de lesões de Marcos. Com a ótima proposta do Liverpool, acabou buscando espaço, sem sucesso, na Inglaterra.

Agora, no Fluminense, ele não deixa de falar com seu ex-companheiro de clube Bruno, que recusou fazer uma aposta com o arqueiro Tricolor.

"Acho que não precisa de aposta (risos). Só o fato de nos enfrentarmos pela primeira vez será bem legal. O Diego está vivendo um grande momento e tenho certeza que muito em breve estará na seleção brasileira. Torço muito por isso", disse ele.

Olhando de longe tudo isso, Pracidelli também torce pelo sucesso de dois, com uma breve pausa nessa torcida no domingo, quando precisa ver o Palmeiras vencer para sair da zona de rebaixamento do Campeonato Brasileiro.

“Será o encontro de dois irmãos. Sei que eles se falam sempre e isso é o importante no futebol. Aqui no Palmeiras nunca existiu rivalidade entre os goleiros. Apesar da disputa pela posição, ao longo dos anos todos eles sempre se trataram com extremo companheirismo. Hoje, eles colhem os frutos dessa parceria”, disse Pracidelli.