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Torcedores do Cruzeiro protestam à porta da Toca e exigem vitória sobre o rival no clássico

Diante de policiais militares, torcedores do Cruzeiro protestam na véspera do clássico - Bernardo Lacerda/UOL
Diante de policiais militares, torcedores do Cruzeiro protestam na véspera do clássico Imagem: Bernardo Lacerda/UOL

Bernardo Lacerda

Do UOL, em Belo Horizonte

25/08/2012 10h23

Na véspera do clássico com o Atlético-MG, cerca de 70 torcedores do Cruzeiro, especialmente integrantes da Máfia Azul, principal organizada celeste, fizeram manifestação de protesto, na manhã deste sábado, em frente à portaria da Toca da Raposa II, na capital mineira. Os manifestantes não tiveram contato com os jogadores, que chegaram antes e já estavam treinando, quando começou o ato que cobrou melhores resultados do time.

Os torcedores colocaram o bandeirão da Máfia Azul no muro da Toca da Raposa II, em protesto iniciado por volta das 10h, e gritaram palavras de ordem e cânticos em que expressaram a revolta pel,o mau futebol apresentado pelo time cruzeirense no Brasileiro. O alvo principal foi o presidente do Cruzeiro, Gilvan de Pinho Tavares, de quem cobraram, aos gritos, a montagem de um time forte.

Os jogadores, de uma forma geral, também não escaparam do protesto. “O time todo presta atenção, porque o futebol é de segunda divisão” e “Time pipoqueiro, tem que ter raça para jogar no Cruzeiro”, foram alguns dos slogans, gritados em coro.

  • Bernardo Lacerda/UOL

    Cerca de 70 torcedores participaram de protesto contra a irregularidade do Cruzeiro no Brasileirão

Os manifestantes exigiram ainda a vitória sobre o arquirrival Atlético-MG, líder do Brasileiro, com 42 pontos – 15 a mais do que o Cruzeiro –, no jogo deste domingo, às 18h30, no Independência, que só terá torcida celeste presente ao estádio, por motivo de segurança. “Se não ganhar o clássico o bicho vai pegar”, ameaçaram os torcedores presentes.

A manifestação, que inicialmente estava convocada para 8h, começou com atraso de duas horas e foi acompanhada por policiais militares, em três viaturas. Os jogadores do Cruzeiro chegaram ao CT, entre 8h30 e 9h, quando a presença de torcedores era muito pequena. O último trabalho antes do clássico foi iniciado às 9h30.

Durante a manifestação, os torcedores cobraram a presença do lado de fora da Toca da Raposa II para dar explicações sobre o momento ruim do time. “Gilvan, seu vacilão, vem aqui fora para dar explicação”, gritaram os manifestantes.

“O cruzeiro está vivendo um momento ruim, a gente está com vergonha deste time, dos jogadores, estamos com medo da Série B”, observou o Daniel Gomes, o Quick, diretor da Máfia Azul. Ele explicou que o alvo principal do protesto deste sábado foi o presidente e garantiu que a Máfia Azul apoiará o time no domingo, durante o clássico. “Os jogadores precisam saber que tem de vencer o clássico. Hoje, o protesto é contra o Gilvan, mas segunda-feira pode ser contra os jogadores. Amanhã no clássico serão 90 minutos de apoio”, enfatizou.

Na quarta-feira da semana passada, houve uma tentativa frustrada de protesto, também na Toca da Raposa II, na tarde do jogo em que o Cruzeiro empatou com o Fluminense, em 1 a 1, no Independência. Apenas 12 cruzeirenses compareceram ao ato, que havia sido convocado por redes sociais. Já na última quinta-feira, uma manifestação convocada por organizadas, para o início da tarde, na sede administrativa do Barro Preto, igualmente acabou cancelada.

No mesmo dia, o gerente de futebol do Cruzeiro, Valdir Barbosa, e o diretor de comunicação do clube, Guilherme Mendes, reuniram-se com líderes da Máfia Azul, quando colocaram a importância do apoio dos torcedores para o time no clássico, em que somente torcedores cruzeirenses poderão comparecer. Apesar disso, na manhã deste sábado, houve a manifestação de protesto.

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    Bandeirão da Máfia Azul foi levada pelos manifestantes do Cruzeiro para o protesto em frente à Toca