Ao ver imagem do lance, Montillo admite que árbitro poderia ter marcado falta em Guilherme
Do UOL, em Belo Horizonte
27/08/2012 14h47
Ao ver, na tarde desta segunda-feira, a imagem do lance que originou o gol de empate do Cruzeiro no clássico com o Atlético-MG, em 2 a 2, nos acréscimos, o meia Montillo admitiu que pode ter cometido falta no atacante atleticano Guilherme. O árbitro Nielson Nogueira Dias não assinalou a infração, o jogo seguiu e o time celeste igualou o placar.
“Tentei jogar na bola como sempre tento fazer, agora vendo o lance pode ser que o juiz podia apitar a falta, mas, no primeiro tempo também teve muito mais que o cara deixou seguir e só porque não resultou em gol ninguém falou nada”, afirmou o argentino, durante o programa Arena Sportv.
Montillo demonstrou não ter ficado à vontade comentar o lance, que despertou polêmica e reclamações dos atleticanos, que venciam a partida por 2 a 1. O próprio Montillo, que já tinha cartão amarelo, deu continuidade à jogada e cruzou para o zagueiro Matheus empatar o jogo.
“Não gosto de falar nem quando tomo falta e nem quando faço falta. Pode ser que o cara (árbitro) poderia ter apitado a falta, mas, por sorte não apitou e acabamos empatando”, comentou Montillo.
O lateral esquerdo Júnior César, do Atlético-MG, que também participava do programa, saiu em defesa do adversário e companheiro de profissão.
“O clássico é muito quente, as duas equipes chegam muito forte em determinada jogada, e o Montillo não tem que ficar se explicando. Tem uns quatro ou cinco auxiliares do árbitro para ver isso”, afirmou.
Segundo o atleticano, é arbitragem que tem de fazer o trabalho dela. “Jogador tem de estar atento dentro de campo para fazer o seu melhor, não importa se fará falta, mas, enfim, foi nítido que foi falta, mas o Montillo não tem nada a ver com a situação que era do árbitro, não tinha ninguém o encobrindo no lance”, observou.
“Infelizmente, fomos prejudicados, porque perdemos dois pontos em um clássico que era importante para a gente continuar pontuando dentro da competição, mas enfim, nós jogadores não temos como ficar falando de arbitragem”, acrescentou.
O lateral esquerdo, que estava fora de campo, no lance, deixando o time atleticano com oito jogadores contra 10 do Cruzeiro, em função das expulsões de Bernard, Pierre e Leandro Guerreiro, negou que tenha tentado fazer cera. Ele deixou o gramado por causa de um corte no supercílio.
“Meu machucado estava sangrando, o árbitro determinou que eu saísse de campo, para ser atendido pelo doutor, não tinha porque fazer cera, estava no final, tentei ficar em campo, mas meu machucado estava sangrando muito e tive de sair de campo”, explicou Júnior César.