Fernandão leva Inter a pior sequência do ano, mas cúpula ainda não admite demissão
A fase, definida por Fernandão como horrível, é inédita para o Internacional em 2012. Sem ganhar há quatro rodadas no Brasileirão, o time vive a pior sequência de jogos do ano. Em clara queda de produção. A diretoria, porém, não ainda se permite falar em nova mudança no comando técnico. Pesando a favor o status de ídolo do atual treinador e também seus poucos mais de trinta dias no cargo.
FERNANDÃO VAI PIOR QUE DORIVAL NO BR
Dorival em 10 jogos: 4 vitórias, 4 empates e 2 derrotas | 53% de aproveitamento |
Fernandão em 10 jogos: 4 vitórias, 3 empates e 3 derrotas | 50% de aproveitamento |
O detalhe é que nem mesmo com Dorival Júnior, na queda da Libertadores ou às vésperas de sua demissão, os números eram tão ruins. Sob o antigo comando o Colorado nunca enfileirou tantos jogos sem vitória. Chegou no máximo a dois empates seguidos, no começo de fevereiro: 2 a 2 com time misto no Gre-Nal do Gauchão e outro 2 a 2 com o Once Caldas na pré-Libertadores.
Agora, o time de Bolívar, Guiñazu e Leandro Damião acumula a derrota para o Corinthians, o empate com a Portuguesa e mais os tropeços diante do Grêmio e do Coritiba mais recentemente. Ainda assim, a permanência de Fernandão é reiterada diante dos microfones.
“O treinador do Internacional é o Fernandão. Temos o retorno de vários jogadores para domingo e quem sabe possamos criar mais chances gol”, disse o vice-presidente de futebol do Inter Luciano Davi. “Temos convicção. O Fernandão tem conhecimento tático, é uma grande liderança e temos que seguir trabalhando”, completou o presidente Giovanni Luigi.
Apesar do apoio público, o rendimento do segundo tempo contra o Coritiba desagradou a diretoria. As trocas de Fernandão – sacando Forlán para a entrada de Mike, e depois improvisando Nei como lateral esquerdo fugiram do esperado.
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Somente no Campeonato Brasileiro, os números também são desfavoráveis ao ídolo e capitão na conquista da Libertadores. Em 10 partidas na casatama, Fernandão tem 50% de aproveitamento. Com quatro vitórias, três empates e três derrotas. Índice pior que seu antecessor, Dorival Júnior, demitido quando acumulava 53% dos pontos conquistados.
“Se tiver que mudar, sempre deixei claro – desde quando era diretor, que podem me mandar embora sem constrangimento. Nada em relação a ser ídolo ou não ser ídolo. Sei como as coisas funcionam. Elas funcionam em cima de resultado”, comentou Fernandão.
Na próxima rodada, em turbulência, o Internacional por ironia do destino reencontrará o seu antigo comandante. Dorival Júnior e o Flamengo serão os adversários do Colorado, que ocupa o sétimo lugar na tabela de classificação com 31 pontos.
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