500 dias depois, Fernandão reencontra São Paulo e tenta confirmar guinada do Inter

O confronto entre São Paulo e Internacional fará Fernandão voltar ao palco de seu último jogo como atacante. Vai colocá-lo diante de seu derradeiro clube enquanto atleta. Quase 500 dias depois, o agora técnico do Colorado reencontrará o Morumbi e o Tricolor querendo engrenar o seu time no Brasileirão. Desejando uma vitória para se reaproximar do G-4.

Fernandão deixou o São Paulo no dia 9 de maio de 2011, mas jogou pela última vez em 30 de abril. Na derrota de 2 a 0 para o Santos, em jogo válido pela semifinal do Paulistão. A última partida de chuteiras foi sem gol e com eliminação.

Ironicamente, o dia da despedida sem alarde ou planejamento prévio, foi com um contra-senso: um gol perdido. Depois de sair do banco de reservas, Fernandão errou uma jogada que tanto lhe deu êxitos. Aos 43 do segundo tempo, dentro da grande área, torneou de cabeça e viu a bola passar rente ao poste esquerdo.

Na volta ao último estádio em que entrou como jogador, Fernandão não deixa vazar um pingo sequer de saudade da antiga carreira. Prefere elogiar o São Paulo, por onde passou sem o mesmo brilho dos tempos de Beira-Rio, onde liderou o time na conquista da Libertadores e do Mundial de 2006.

“Foi minha última equipe, tenho orgulho de ter jogado lá. Lamento não ter feito muito mais. Mas acho que passei bons momentos. Depois sofri com posicionamento no time, a lesão do púbis. Aquela lesão foi que me tirou a força e o prazer de jogar, mas foi um orgulho ter jogador no São Paulo”, disse o comandante vermelho.

Em pouco mais de um ano vestindo a camisa 15, Fernandão disputou 39 jogos. Fez oito gols, um deles em cima do próprio Inter. E no Beira-Rio. No ano em que largou a bola só entrou em campo nove vezes. E apenas duas vezes como titular: diante de Santos e Botafogo-SP, ambos compromissos da primeira fase do Paulistão.

Do lado oposto, outra vez, Fernandão tem a missão de confirmar a recuperação do Inter no Brasileirão. Após golear o Flamengo em Porto Alegre, o time necessita de um bom resultado longe de casa para voltar ao páreo. O preço pode estar ligado a uma mudança na equipe.

“Temos que buscar vitórias, arriscar um pouco mais. Chegou a hora de dar o arranque para tentar algo. Independente dos jogos de agora, que são praticamente confrontos diretos, temos que seguir com o pensamento da regularidade em todos os 17 jogos até o final”, comentou.