Com nova função, que inclui marcar, Guilherme sente saudade de fazer a 'massa gritar gol'

Versátil, Guilherme tem trocado constantemente de posição no Atlético-MG, de acordo com a necessidade do técnico Cuca. Por isso, ele às vezes atua como atacante mais avançado, em outro momento tem a missão de atuar na criação das jogadas e ainda precisa marcar os adversários. O jogador atleticano, no entanto, reconhece que sente falta de fazer a “massa gritar gol”, mas reconhece ser importante taticamente para a equipe.

“Tenho me adaptado nesta função do lado direito do campo, todo mundo sabe que a minha criação, meu surgimento, não foi desta forma, mas futebol tem de adaptar as situações”, explicou Guilherme. “Não tenho feito muitos gols, não tenho sido decisivo, mas tenho sido muito importante taticamente”, acrescentou.

O jogador reconhece que ganhou funções táticas diferentes das que estava acostumado e vem aprendendo a marcar e dar combate no meio de campo. “Tenho feito 95% do que o treinador me pede, diversas vezes tenho aparecido na defesa, coisa que é nova para mim, mas para ser jogador moderno tenho de me adaptar as novas funções”, observou.

Porém, Guilherme não esconde que a sua preferência é em atuar como atacante, posição que foi formado no futebol. “Se eu pudesse escolher eu queria jogar do meio para frente, sempre no ataque, o bom é fazer a massa gritar gol”, reconheceu.

Guilherme tem sido utilizado por Cuca em funções e posições diferentes. O jogador é opção como centroavante, principalmente desde a ausência do titular Jô, mas também, é o reserva imediato para a armação em lugar de Ronaldinho Gaúcho e mais recuado, na vaga de Danilinho, onde mais vezes atuou no Campeonato Brasileiro.

A diferença tática exercida por Guilherme é comprovada pelos números. O jogador tem oito gols em toda a temporada e quatro assistências, mas se destaca também pelos desarmes, com média de quatro roubadas de bola por partida do Campeonato Brasileiro, de acordo com levantamento do Datafolha.

Guilherme reconhece que vem se adaptando à função de marcador. “Para mim é estranho, mas não foge da realidade, a gente tem de ser muitas vezes humilde, a gente tem de fazer uma função que é importante, ajudar também na marcação, tenho feito bem isso”, disse.

“Estou tentando aprimorar nos treinamentos, daqui a pouco muda a situação, entra um (jogador) sai outro e a função muda. Mas o gol continua sendo o meu objetivo, mas tem outras coisas que eu procuro fazer para ajudar o time, estou sempre à disposição para ajudar”, acrescentou Guilherme. Contra o Grêmio, ele é opção para o meio em lugar de Danilinho e ou no ataque na vaga de Leonardo, já que Jô segue fora.