Topo

Para evitar agravamento da crise, Cruzeiro desafia fase ruim, longo tabu e motivação do São Paulo

Montillo, do Cruzeiro, espera comemorar triunfo sobre São Paulo e "acabar com jejum" - EDUARDO MARTINS/AE
Montillo, do Cruzeiro, espera comemorar triunfo sobre São Paulo e "acabar com jejum" Imagem: EDUARDO MARTINS/AE

Do UOL, em Belo Horizonte

23/09/2012 08h00

Na última sexta-feira, o diretor de futebol do Cruzeiro, Alexandre Mattos, tentou minimizar a pressão sobre o técnico Celso Roth, desvinculando a permanência do técnico Celso Roth ao resultado com o São Paulo, neste domingo, às 16h, no Morumbi. Mas a pressão sobre o treinador é grande e um tropeço poderá dificultar a continuidade do trabalho do treinador no clube. Um longo tabu contrário é outro complicador para o time celeste.

  • Washington Alves/Vipcomm

    Celso Roth tem sido muito vaiado e foi um dos alvos de manifestação de protesto de torcedores celestes

O Cruzeiro não vence o São Paulo, em jogos válidos pelo Campeonato Brasileiro, desde 23 de maio de 2004, pelo primeiro turno da competição, quando fez 2 a 1, no Mineirão. Depois dessa partida, foram 16 jogos sem nenhum triunfo cruzeirense, com 10 derrotas e seis empates. E o tricolor paulista ainda estará mais motivado pela apresentação de Paulo Henrique Ganso, grande reforço do time, que acontecerá antes do jogo.

Para Montillo, a pressão, que não é apenas sobre Celso Roth, mas dirigida também aos jogadores e à diretoria, deve servir de motivação para que o Cruzeiro busque os três pontos sobre o São Paulo. “Tem de ser um conjunto, quando se ganha ou perde, todo mundo está junto também nas cobranças”, observou o meia argentino.

Montillo minimiza a questão do tabu e prefere valorizar os jogos entre os dois times. “Desde que cheguei aqui os jogos com o São Paulo foram bons, lembro que na minha estreia eles empataram nos acréscimos. Teve aquele 3 a 3 também. Vamos procurar acabar com esse jejum, não tanto pelo tabu, mas, principalmente, pela importância dos três pontos”, salientou.

O jogador argentino se referiu ao empate em três gols no jogo válido pelo returno do Brasileiro 2011, na Arena do Jacaré, quando o confronto terminou empatado em 3 a 3. No primeiro turno da competição deste ano, o tricolor venceu por 3 a 2, no Independência, em jogo bastante disputado.

“Tabu foi feito para ser quebrado”, observou o técnico Celso Roth, durante a semana que antecedeu o jogo com o São Paulo. E Montillo lembra que, na edição atual do Brasileirão, o Cruzeiro já conseguiu superar um tabu. “Nós conseguimos vencer o Botafogo, a gente não ganhava desse adversário e não ganhava também no Engenhão”, observou.

Caso o Cruzeiro seja derrotado pelo São Paulo, crescerão os protestos dos torcedores celeste. Na tarde deste sábado, um grupo de aproximadamente 30 cruzeirenses fizeram manifestação pacífica no Aeroporto de Confins, durante o embarque da delegação, quando não pouparam nenhum jogador. Os alvos principais, no entanto, foram Celso Roth e o goleiro Fábio, a quem chamaram de “frangueiro” e “mãos de alface”.