Presidente celeste cita fracasso de trocas de técnicos em 2011 para garantir sequência de Roth

Mesmo sem vencer há cinco jogos, período em que perdeu quatro vezes e empatou uma, o Cruzeiro não trocará de técnico caso seja derrotado pelo Internacional, no próximo sábado, às 18h30, em Varginha. A garantia é do presidente do clube celeste, Gilvan de Pinho Tavares, que buscou a experiência do ano passado, quando o time celeste teve quatro treinadores no Brasileiro de 2011 e quase foi rebaixado, para justificar sua decisão.

“Ano passado, antes mesmo de assumir a Presidência, na condição de vice-presidente fui para a Toca e assumi o futebol, porque o presidente (Zezé Perrella) assumiu vaga no Senado e descuidou um pouco do clube. E assisti o Cruzeiro tirar treinador quando estava bem colocado”, comentou Gilvan Tavares, em entrevista à Rádio Itatiaia, no começo da noite desta quarta-feira.

“Perdemos antes o treinador (Cuca), que hoje está no Atlético-MG, depois o Joel Santana foi contratado e estava tendo vitórias. Fizeram experiência com um que subiu da base (Emerson Ávila) e não deu certo e depois contrataram outro que não deu certo (Vágner Mancini). Isso não foi bom para o Cruzeiro e não é bom para o time”, afirmou.

Segundo o mandatário celeste, Celso Roth, atual treinador, tem conhecimento do time “muito maior” do que um outro profissional que chegasse agora. “Principalmente quando você não tem nenhum nome de destaque para trazer”, observou. Por isso, de acordo com Gilvan Tavares, a situação de Roth não mudará em caso de outro tropeço no final de semana.

Ele negou atrito com Celso Roth e disse que o ambiente entre os dois é o “melhor possível”. “Ainda hoje estava assistindo o treino, ele tinha dado intervalo para jogadores tomarem água e estava no meio de campo, o chamei, ele veio até beirada do campo e me deu um abraço, conversamos”, afirmou.

Antes do jogo com o Vasco, Gilvan Tavares não assegurou a permanência do treinador em caso de derrota. Depois do jogo, que terminou empatado, em 1 a 1, Roth admitiu ter ficado magoado com a declaração do presidente. Para o mandatário cruzeirense, tudo não passou de um mal entendido.

“Ele (Roth) não entendeu, ou a coisa foi levada de forma diferente para ele, o que eu falei é verdade universal, no futebol existe entendimento que treinador vive de vitória. Eu não falei que ele ia sair, até porque a partida em seguida era com o Vasco, e qualquer resultado seria normal, da mesma forma que perder para o São Paulo, em São Paulo, não é demérito para treinador ou para o time”, ressaltou.