Sob forte pressão da torcida, Cruzeiro pede trégua a torcedores antes de encarar o Inter

A relação do grupo celeste com a torcida anda estremecida. Vaias, pedidos de contratações e trocas de treinador e até pé alface fazem parte do repertório de cobranças ultimamente. Apesar da insatisfação dos torcedores com a sequência de cinco jogos sem vencer no Campeonato Brasileiro, jogadores pedem uma trégua aos cruzeirenses na partida com o Internacional, sábado, às 18h30, em Varginha.

“O torcedor criou uma expectativa muito grande, depois de a gente até chegar à liderança. É normal o torcedor ficar chateado. Mas agora é hora de nos apoiar, realmente torcer. Jogador dentro de campo é ser humano”, observou o volante Leandro Guerreiro.

As cobranças mais incisivas começaram no final do primeiro turno, quando o muro da Toca da Raposa foi picado com ofensas ao presidente Gilvan de Pinho Tavares. Às vésperas do clássico com o Atlético-MG, torcidas organizadas promoveram protestos à frente da Toca da Raposa.

A sequência de cinco jogos sem vencer – derrotas para Botafogo (3 a 1), Sport (2 a 1), Figueirense (2 a 0) e São Paulo (1 a 0) e empate com o Vasco (1 a 1) – fez a torcida perder a paciência.

Contra os cariocas, a torcida gritou ao final do jogo o nome de Luiz Felipe Scolari, que foi demitido recentemente pelo Palmeiras. Porém, Celso Roth foi mantido no cargo. Antes da derrota para o São Paulo, o alvo foi o goleiro Fábio.

No embarque da delegação celeste, o goleiro viu o protesto de torcedores, munidos de pés de alface, que reclamaram do desempenho do camisa 1 celeste nas últimas partidas. O jogador rebateu as críticas e disse que era apenas “meia dúzia” de torcedores.

“Eu tenho muito mais identificação com o Cruzeiro do que essa meia dúzia de pessoas que foram lá no aeroporto, tentar fazer um negócio que mandaram fazer. O que importa pra mim são os torcedores que vêm aqui na Toca”, argumentou Fábio.

O técnico Celso Roth considera as críticas pesadas aos jogadores. “Começam as derrotas, começam as cobranças. Temos que ter cuidado, saber levar as coisas, principalmente com alguns ídolos, como o Fábio e Montillo”, ressaltou o treinador.