Árbitro relata protesto e atraso nos Aflitos, mas não explica pedido para retirar faixa
O árbitro Leandro Vuaden relatou na súmula da partida entre Náutico e Atlético-GO, realizada no último sábado, que solicitou a retirada de uma faixa de protesto da torcida local antes de o jogo começar. O juiz, entretanto, não explicou literalmente o motivo pelo qual fez tal pedido.
“Informo para os devidos fins que, antes do início da partida, avistei na arquibancada (geral) onde estava localizada a torcida do Náutico/PE, uma faixa com aproximadamente 40 m de comprimento por 1,20 m de altura, sendo em cor preta e letras brancas, contendo os seguintes dizeres: ‘Não irão nos derrubar no apito!!!’”, detalhou Vuaden no documento divulgado nesta segunda-feira no site oficial da CBF (Confederação Brasileira de Futebol).
Em trecho confuso, em que não fica claro se o pedido de retirada da faixa partiu de si ou do policiamento, o árbitro relatou que só deu início à partida 15 minutos após o previsto, depois que o pano foi abaixado.
“Imediatamente solicitei a presença do delegado especial que acionou o policiamento através do comandante, Tenente Lucena, que providenciasse que a mesma fosse retirada de exposição e enrolada ou deitada na arquibancada, fato que aconteceu exatamente às 18h45, gerando um atraso no início da partida de 15 minutos. Após iniciado o jogo a faixa voltou a ser estendida, mas foi rapidamente deitada na arquibancada, fato que não se repetiu durante o jogo”, concluiu Vuaden.
Após o jogo, vencido pelo Náutico por 2 a 0, o diretor de futebol do clube, Toninho Monteiro, criticou a decisão do árbitro. “Eu acho que ele se equivocou. Isso foi uma manifestação da torcida. E o torcedor tem o direito de fazer isso, é um direito do cidadão de se se expressar. Acho que ele estava mal orientado e se equivocou”, declarou o dirigente.
O procurador do STJD, porém, defendeu a atitude de Pedro Vuaden e ainda afirmou que o Náutico pode até mesmo ser punido por conta do protesto de sua torcida. “Ele pode ser multado por atraso. Ele é o causador, por causa da faixa”, afirmou Paulo Schmitt ao UOL Esporte. “Acho que a faixa é ofensiva, sim. Tem de dar um basta de pensar que o árbitro está de má fé. O que ele quer dizer com a faixa? Que o árbitro está de má fé”.
“Acho que tudo tem regras. Você tem todo o teu direito de se expressar, e faz isso da forma que achar melhor. Você é o senhor de suas vontades. O seu limite é que vai ser avaliado. A gente vai avaliar pela lei”, completou o procurador.
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