Topo

Campanha do Cruzeiro impede Borges de conhecer BH, mas atacante não escapa de cobrança na rua

Borges, que está há quase três meses no Cruzeiro, tem evitado sair de casa em BH - Washington Alves/Vipcomm
Borges, que está há quase três meses no Cruzeiro, tem evitado sair de casa em BH Imagem: Washington Alves/Vipcomm

Gabriel Duarte

Do UOL, em Belo Horizonte

03/10/2012 06h01

O momento ruim do Cruzeiro, que não vence há seis rodadas no Brasileirão e está distante da vaga à Libertadores, tem atrapalhado os jogadores em campo e também na vida social. Borges é um exemplo disso. Há quase três meses na capital mineira, o atacante evita passear nas folgas e revela uma rotina bem ortodoxa: casa, trabalho e igreja. Porém, numa rara saída não escapou da cobrança de um torcedor celeste.

SITUAÇÃO ENGRAÇADA EM RARO PASSEIO

  • Ramon Bitencuort/Vipcomm

    Apesar de abrir mão de passear nas folgas, Borges foi cobrado por torcedor ao ir ao supermercado. "Tinha um rapaz me seguindo. Aí ele veio e falou: ‘tudo bem, Borges? Vamos lá que as coisas estão ruins e precisam melhorar. Eu respondi: ‘ano passado estava bom, quase caiu. Ele concordou e eu disse que a situação do Cruzeiro não era desesperadora. Então eu completei: 'é por que o Atlético está entre os primeiros e isso tem incomodado?' Ele respondeu que sim, e falei com ele que o campeonato não acabou e temos a condição de dar a volta por cima. Depois disso, ele apertou a mão e virou meu amigo"

“Conheço, conheço muito Belo Horizonte”, brincou Borges. “Vou da Toca para a minha casa e para a igreja da Lagoinha. Da Lagoinha para a Toca e para a casa. Não podemos ficar saindo muito nesse momento. Mas estou bem adaptado, tranquilo, à cidade”, acrescentou.

Apesar de tomar os cuidados que têm na vida particular, Borges não escapou de sofrer cobranças de um torcedor em uma simples ida a um supermercado da capital mineira ao lado da esposa, Letícia.

“Foi uma situação engraçada comigo. Eu fui com a minha esposa no supermercado e tinha um rapaz me seguindo. Aí ele veio e falou: ‘tudo bem, Borges? Vamos lá que as coisas estão ruins e precisam melhorar. Eu respondi: ‘ano passado estava bom, quase caiu”, contou o atacante, dizendo que brincou com o torcedor sobre a situação no ano passado.

“Ele concordou e eu disse que a situação do Cruzeiro não era desesperadora. Então eu completei: ‘é por que o Atlético está entre os primeiros e isso tem incomodado? Ele respondeu que sim, e falei com ele que o campeonato não acabou e temos a condição de dar a volta por cima. Depois disso, ele apertou a mão e virou meu amigo”, acrescentou.

Apesar de temer problema com a torcida, por causa da campanha irregular no Brasileiro, o atacante, que já tem sete gols e é o vice-artilheiro do Cruzeiro na competição, afirma que gostaria de conhecer alguns pontos turísticos de Belo Horizonte, que para ele é um pouco diferente das cidades que já morou, como Porto Alegre e Santos

“Um dia está calor, outro está frio. Tem o trânsito também, que vocês falam que fica ‘garrado’, mas isso é tranquilo”, comentou o camisa 9. O motivo de também ter uma vida mais “calma” na capital mineira é por ter dois filhos, Mateus e Gabriel, ainda com 10 meses de idade.

Lugares barulhentos ou movimentado são evitados por causa dos filhos. Borges chegou ao Cruzeiro no início de julho, depois negociar sua saída amigável do Santos, em que estava em baixa com o técnico Muricy Ramalho. O jogador logo se tornou titular da equipe de Celso Roth.

Porém, conviveu já com duas contusões. A primeira foram dores no tornozelo direito, em que teve de ficar parado por alguns jogos no final do primeiro turno. O retorno foi no clássico com o Atlético-MG, pela 19ª rodada. Porém, após a derrota por 3 a 1 para o Botafogo, o jogador teve estiramento grau I na coxa esquerda, que o tirou de dois jogos da equipe.