Quinta derrota em sete jogos aumenta pressão no Cruzeiro, mas Roth diz estar "bem empregado"

A derrota para o Grêmio, por 2 a 1, sábado à noite no Olímpico, a quinta do time nos últimos sete jogos, gerou o retorno da pressão sobre o Cruzeiro, afetando principalmente o técnico Celso Roth, que, mais uma vez, descartou a possibilidade de tomar a iniciativa de deixar o clube celeste.

“Estou muito bem empregado no Cruzeiro, a gente nunca sabe o amanhã, mas deverá ser o último jogo no Olímpico, onde tenho grandes lembranças, tive aqui momentos especiais”, afirmou Celso Roth, após a derrota para o Grêmio, referindo-se ao fato de o estádio ser desativado no final do ano.

O aproveitamento do Cruzeiro sob o comando de Celso Roth é de 43%, com 10 vitórias, seis empates e 12 derrotas. O time celeste marcou 33 gols e sofreu 38, com déficit de cinco. A equipe ocupa a 10ª colocação, com 36 pontos, 14 a menos que o Vasco, que fecha o G4 e a nove de distância do Sport, que abre a zona de rebaixamento.

Pressionado pela sequência negativa da equipe no Brasileiro, Roth dá sinais de desgaste no comando do Cruzeiro há várias rodadas. Antes do jogo com o Vasco, há três semanas, em Varginha, o presidente Gilvan de Pinho Tavares não confirmara a permanência do treinador em caso de resultado negativo diante do time carioca. O empate em 1 a 1 deu sobrevida ao técnico, mas expôs divergência com o mandatário cruzeirense.

Nas semanas seguintes, Roth teve conversas com o presidente Gilvan Tavares e recebeu publicamente manifestações de apoio do mandatário e de outros dirigentes, como o diretor de futebol, Alexandre Mattos. A derrota para o São Paulo, no Morumbi, por 1 a 0, o empate sem gols com o Internacional, e a derrota para o Grêmio aumentam a pressão.

A série de sete jogos sem vitória é completada por derrotas para Botafogo, por 3 a 1, no Independência; Sport, por 2 a 1, em Recife; Figueirense, por 2 a 0, em Florianópolis.

Contratado em 15 de maio, Celso Roth chegou ao Cruzeiro com a missão de remontar o time celeste depois da eliminação nas semifinais do Campeonato Mineiro e nas oitavas de final da Copa do Brasil. O treinador gaúcho substituiu Vágner Mancini, que conseguiu evitar a queda da equipe mineira para Série B no Brasileirão 2011, mas fracassou no início deste ano.

Sob o comando de Celso Roth, o Cruzeiro iniciou bem o Brasileirão e chegou a liderá-lo. Porém, passou a oscilar bastante na competição, despencou na tabela e se afastou do grupo de acesso à Libertadores. Dos últimos 21 pontos disputados, a equipe celeste somou apenas dois.