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Após punição a Ronaldinho, Kalil usa twitter para desabafar: "Estou envergonhado"

Alexandre Kalil postou mensagem logo depois de Ronaldinho ser punido pelo STJD - Bruno Cantini/Site do Atlético-MG
Alexandre Kalil postou mensagem logo depois de Ronaldinho ser punido pelo STJD Imagem: Bruno Cantini/Site do Atlético-MG

Do UOL, em Belo Horizonte

09/10/2012 20h21

Depois da punição a Ronaldinho Gaúcho, que terá de cumprir um jogo de suspensão e não enfrenta o Internacional nesta quarta-feira, o presidente do Atlético-MG, Alexandre Kalil, usou seu twitter para desabafar. O dirigente disse estar “envergonhado” com a decisão do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), em julgamento nesta terça-feira.

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  • RAMON BITENCOURT/AGÊNCIA I7/AE

    O meia-atacante Ronaldinho Gaúcho foi suspenso por um jogo pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva, em julgamento realizado na noite desta terça-feira, por "jogada violenta" contra o atacante Kléber, do Grêmio. Dessa forma, ele ficará de fora da partida contra o Internacional, nesta quarta-feira, às 22h, no Beira-Rio, em Porto Alegre, a não ser que o clube mineiro consiga êxito em seu pedido de efeito suspensivo. O árbitro Héber Roberto Lopes, que não marcou falta no lance, foi absolvido

“Não estou indignado. Estou envergonhado de fazer parte do futebol brasileiro!”, postou Alexandre Kalil em seu microblog logo depois da decisão do Tribunal.

Ronaldinho Gaúcho foi julgado por “jogada violenta” com base em imagem de TV, que mostra o meia atleticano erguendo o pé na altura do peito do atacante Kléber, do Grêmio, em partida realizada no último dia 23. O árbitro Heber Roberto Lopes, que também foi denunciado, acabou absolvido pelo STJD.

Mesmo sem ter sido expulso ou advertido com cartão amarelo no lance com Kléber, no empate sem gols com o Grêmio, no Independência, Ronaldinho Gaúcho foi a julgamento após denúncia da Procuradoria com base em imagens do lance.

Ronaldinho Gaúcho foi incurso no artigo 254 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), cuja punição varia de um a seis jogos de suspensão. O jogador foi defendido pelo diretor jurídico do clube, Lázaro Cândido da Cunha, e pelos advogados Lucas Ottoni e João Avellar, que não conseguiram a esperada absolvição do meia.

Em entrevista a Rádio Itatiaia, Lázaro Cândido considerou o resultado do julgamento “um absurdo”, e disse que o Atlético participou de um “espetáculo”. “Eu classifico como espetáculo, um belo espetáculo. O Ronaldo foi deixado para o fim para ser julgado com toda pompa e circunstancia. O resultado produzido aqui beira ao absurdo a fundamentação do relator. Primeiro que conhecia o histórico do Ronaldinho, por uma série de questões, jogadas, que não estavam no julgamento, não tem prova nenhuma disso, ele fez um histórico, que era morador do Rio e conhecia o Ronaldinho”, disse, em referencia ao relator Jonas Lopes que votou por dois jogos de suspensão ao meia.

“A procuradoria chegou a dizer que estaria satisfeita se tivesse aplicado o amarelo. Isso poderia ocorrer na seguinte situação, amanhã um atleta recebe o amarelo, o tribunal vem e aplica o amarelo, ai você tem de voltar atrás na partida, pois resulta em vermelho, uma decisão lamentável”, acrescentou o diretor jurídico do Atlético.

Segundo ele, houve uma contradição no julgamento de Ronaldinho. “O árbitro em julgamento foi muito elogiado, pois ele aplicou a regra, no final do julgamento, quando o tribunal constatou esta contradição, fez uma alusão ao vídeo, que teria passado um atleta do Atlético na frente do árbitro. Nosso advogado pediu que passasse este vídeo mostrando, os auditores se recusaram e aplicaram a pena de um jogo”, afirmou.

O diretor atleticano reforçou que o Atlético irá trabalhar durante a madrugada para conseguir entrar com pedido de efeito suspensivo da punição do STJD na manhã de quarta-feira, para que Ronaldinho tenha condições de jogo diante do Internacional. “Vamos fazer a noite agora, o recurso, para amanhã cedo pagar a taxa e pedir efeito suspensivo para que o Ronaldo jogue”.

Atualizada às 20h40