Tirone resolve não acompanhar Palmeiras em viagens para "não dar trabalho a seguranças"

A delegação do Palmeiras recebeu o aviso de que Arnaldo Tirone não viajará com o time para Salvador, nesta quarta-feira. O time está chefiado pelo vice-presidente de futebol, Roberto Frizzo, e acompanhado pelo gerente de futebol, César Sampaio. Foi ele que informou a imprensa nesta segunda-feira que o cartola realmente não viajará com o time.

Durante o feriado, o presidente esteve no interior de São Paulo com a família e não acompanhou de perto a derrota por 1 a 0 para o Náutico, nos Aflitos, em Recife.

A tendência, aliás, é de que Tirone não acompanhe o Palmeiras em mais nenhum jogo fora de São Paulo. "A gente tem revezado o comando e a gente sabe que não precisa vir todos os dirigentes. Desta vez, quem está conosco é o vice-presidente, o seu Frizzo. Tem vezes que também vem o diretor financeiro, o Antônio Henrique Silva", afirmou o gerente após o treino do Palmeiras na Ilha do Retiro.

Mais cedo, Arnaldo Tirone havia dado entrevista à Rádio Bandeirantes. Primeiro, o presidente comparou o time com um carro velho, com motor ruim e na subida. Segundo ele, se a torcida não empurrar, o veículo irá descer ladeira abaixo. Depois, ele afirmou que revólver e ameaça não seriam o suficiente para que os jogadores passarem a jogar bola. 

Por fim, ainda à Rádio Bandeirantes, o cartola afirmou que não quer dar trabalho aos seguranças, fazendo referência às ameaças que os conselheiros têm sofridos e também à invasão que a torcida organizada promoveu antes do jogo contra o Náutico, no último domingo. 

"Às vezes, saio antes para não dar trabalho à segurança, sei que a torcida está revoltada. No jogo contra o Náutico eu não fui, pois o (vice-presidente) Frizzo já ia. Para que dar trabalho à segurança?", afirmou Tirone.