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Atlético-MG trabalha emocional dos jogadores para evitar descontrole diante do líder Fluminense

Aspecto emocional dos jogadores contra Fluminense preocupa o técnico Cuca - Bruno Cantini/Site do Atlético-MG
Aspecto emocional dos jogadores contra Fluminense preocupa o técnico Cuca Imagem: Bruno Cantini/Site do Atlético-MG

Bernardo Lacerda

Do UOL, em Vespasiano (MG)

21/10/2012 06h00

A partida com o Fluminense, neste domingo, no Independência é encarada como a final antecipada do Campeonato Brasileiro. Com a importância do jogo para a disputa pelo título nacional, o Atlético-MG trabalha o emocional dos atletas para entrarem focados no confronto e evitarem que provocações do Fluminense e erros de arbitragem desestabilizem o grupo em campo.

  • Bruno Cantini/Site do Atlético-MG

    Atlético-MG já se deixou levar no atual Brasileiro pelo nervosismo de seus jogadores em alguns momentos

Ao longo dos jogos decisivos que teve no Brasileirão, o Atlético mostrou certo descontrole. Diante do Cruzeiro, no clássico do primeiro turno, jogo que era encarado como “revanche” pela goleada de 6 a 1, no encerramento do Brasileiro de 2011, o time entrou “pilhado”.

A equipe atleticana cometeu muitas faltas, além disso, jogadores alvinegros se desentenderam com atletas adversários, caso de Bernard com Leandro Guerreiro, que trocaram empurrões no gramado, após a torcida do Cruzeiro atirar objetos no gramado. O jogo, empatado em 2 a 2, ficou marcado pelas reclamações com o árbitro Nielson Nogueira Dias, que expulsou dois atletas, Bernard e Pierre, além de deixar de marcar falta de Montillo em cima de Guilherme, que definiu o gol de empate do time celeste no último minuto do jogo.

Na partida em setembro, contra o Flamengo, que tomou ares d “guerra” pelo reencontro de Ronaldinho Gaúcho com o time carioca, após o jogador deixar o rubro-negro graças a uma liminar na Justiça do Trabalho, o comportamento se repetiu. O Atlético reclamou bastante com o árbitro. Ainda naquela partida, o zagueiro Réver agrediu o volante Cáceres do adversário, sendo expulso e suspenso por quatro jogos, já cumpridos.

No segundo turno do Brasileiro, diante do Grêmio, duelo que foi considerado como a primeira decisão do Atlético-MG para lutar pelo título e que teve novo reencontro de Ronaldinho Gaúcho com o time gaúcho, o técnico Cuca foi expulso, por reclamar com o juiz Heber Roberto Lopes, por não marcar duas faltas em cima de Neto Berola.

  • Bruno Cantini/Site do Atlético-MG

    Zagueiro Réver admite que jogo decisivo, como será contra o Fluminense, é caracterizado por nervosismo

O zagueiro Réver reconhece que os jogos decisivos, com expectativa maior dos atletas, é caracterizado pelo nervosismo. O capitão atleticano, que não tem sua participação confirmada para o duelo deste domingo, espera que os jogadores atleticanos estejam mais tranquilos em campo.

“É jogo e de nervosismo, principalmente da nossa equipe, por estar jogando em casa, tem de ser menor que do Fluminense, apesar deles se encontrarem em um momento melhor do que a gente, mas espero que o nosso time entre em campo tranquilo, concentrado”, disse Réver.

O goleiro Victor destaca que a partida deste domingo toma ares de decisão e pressão. “Campeonato de pontos corridos, quando na reta final todo mundo tem objetivo, isso é uma decisão, por se tratar de um concorrente direto, tem de entrar com este espírito de decisão”, afirmou.

O técnico Cuca acredita que o Atlético-MG está acostumado a disputar jogos decisivos e mostra tranquilidade e confiança na equipe alvinegra ter bom futebol diante do seu torcedor, que deverá comparecer em bom número ao Independência, neste domingo.

“A gente tem de saber jogar a partida decisiva e temos jogado muitas partidas decisivas e na maioria jogado bem, a gente é forte em casa com ajuda do torcedor, vamos enfrentar um adversário qualificado, que tem um desfalque, nós estamos tendo mais problemas que eles”, disse Cuca.