Palmeiras decide usar leitura labial, mas descarta pressionar STJD via Fifa e Justiça Comum
O Palmeiras fechou a estratégia para convencer o STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) que o juiz Francisco Carlos do Nascimento usou de ajuda da televisão para anular o gol de Hernán Barcos no jogo do último sábado, diante do Internacional. O clube usará repórteres que estavam no campo e o médico como testemunha, além de contratar um perito de leitura labial para analisar a conversa dos árbitros e do delegado da partida, Gérson Baluta.
Apesar disso, o time não pretende acionar a Fifa e nem a Justiça Comum. Essa já era uma corrente que começava a se espalhar pela diretoria paulista, que pretendia pressionar o STJD a decidir pela anulação do jogo. Isso porque a entidade máxima do futebol é completamente contra a interferência de qualquer tecnologia no futebol que não seja o chip na bola que mostra se o gol aconteceu ou não.
"A gente não vai usar Fifa ou Justiça Comum. Achamos que via STJD a gente vai conseguir algo. Temos provas boas e vamos aumentar isso com a contratação de um perito em leitura labial. Eu mesmo vi o árbitro conversando via rádio dizendo 'Veja aí'. Como assim, veja aí? Ele vai ter que explicar isso. A leitura labial nos deixa bem confiante de que a interferência será provada", disse o diretor jurídico palmeirense, Piraci de Oliveira.
Além disso, o Palmeiras usará como testemunhas repórteres que trabalharam na transmissão do jogo e estavam na beira do campo na hora da confusão. Na TV Bandeirantes, por exemplo, houve a informação de que o delegado saiu pelo campo procurando informação com os repórteres. Além deles, o médico Vinicius Martins também poderá relatar a conversa que teve com Baluta.
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Apesar de tudo isso, o Internacional afirma que nenhuma prova será forte o suficiente para que o STJD anule a partida. Além disso, os gaúchos mostram confiança que a arbitragem negará a interferência e que isso seria o suficiente para o tribunal negar o pedido.
Os palmeirenses, no entanto, se mostram confiante mesmo com a possível negativa de Francisco Carlos Nascimento e dos outros membros da arbitragem.
"Não importa se eles disserem que não usaram. Além das nossas imagens, que vão provar o contrário, o STJD precisará valorar as provas. Serão as provas que temos contra a palavra dos juízes, que devem mesmo falar que não fizeram isso", completou o diretor jurídico.
A previsão é de que o STJD convoque a reunião no dia 14 de novembro. A tendência, segundo Piraci, é de que a decisão saia no próprio dia.
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