Campeão, Cavalieri se vê 'pouco carioca' e diz que falta de treinos pesou na Europa
Foi preciso teimosia para dar a volta por cima. Ou melhor, nas palavras do próprio camisa 12 do Fluminense, 'perseverança'. Dois anos após retornar ao Brasil, amargar a reserva do Fluminense por meses e ser criticado por falhas, Diego Cavalieri viu tudo virar de ponta cabeça. Titular, campeão brasileiro e convocado à seleção, tudo mudou para o goleiro. Menos a maneira de agir, a fala pausada e o estilo discreto. A Europa já não seduz mais um dos principais destaques da competição nacional.
"Meu sonho profissional é conquistar títulos pelo Fluminense. Não tenho mais essa obsessão de jogar fora e, se um dia voltasse, não faria nada de diferente", disse ao UOL Esporte o camisa 12, que lembrou os momentos difíceis no Liverpool, da Inglaterra, e no Cesana, da Itália. Foram apenas sete partidas disputadas na Europa, choro e uma constatação. Os treinos mais 'leves' fora do país acabaram prejudicando o camisa 12.
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"Teimoso não, mas perseverante. [Goleiro] é uma posição que carrega bastante responsabilidade e que exige muito treinamento. Quando voltei da Europa tive que me readaptar ao futebol brasileiro e precisei de um pouco mais de tempo. Depois disso consegui me firmar. Sempre gostei de treinar e, infelizmente, não tinha muito disso na época em que estive na Europa", declarou Cavalieri.
A ligação com São Paulo ainda é muito forte. Está nas músicas do Racionais MC's, grupo favorito do goleiro, nas conversas frequentes com o ex-goleiro Marcos e na família, que ainda mora na cidade. Apesar de adaptado e feliz no Rio de Janeiro, Cavalieri, fã da pizza paulistana, admite que aproveita pouco a praia e que tem como programa favorito ficar em casa curtindo o filho Enzo, de um ano.
"Me adaptei bem e gosto muito do Rio de Janeiro. Claro que tenho um carinho enorme por São Paulo já que meus familiares e amigos estão por lá, mas realmente o Rio de Janeiro é uma cidade maravilhosa. Sou um cara muito tranquilo e procuro ficar mais em casa mesmo. Para falar a verdade, fui poucas vezes na praia. Sou um cara mais reservado", revelou o camisa 12.
Convocado à seleção brasileira para o Superclássico das Américas, que acontecerá no dia 21 de novembro, na Bombonera, Cavalieri faz questão de lembrar, no momento da alegria, quem ajudou nas horas negativas. A família de sangue, e a de laços, com os jogadores do Fluminense. "Agradeço muito aos meus familiares que estavam comigo nos momentos difíceis e a todo grupo do Fluminense, que é uma autêntica família e mostra toda a sua união dentro dos jogos", encerrou.
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