De "amistoso de luxo", clássico mineiro ganha caráter decisivo e até de revanche

O clássico mineiro do próximo domingo, que em determinado momento do final de semana chegou a ser encarado como mero “amistoso de luxo”, já que Atlético-MG e Cruzeiro não teriam objetivos na última rodada do Campeonato Brasileiro, ganhou caráter decisivo e até de revanche.

Ao chegar a tomar a virada para o Botafogo, no primeiro tempo partida desse domingo, o Atlético deixava escapar a possibilidade matemática de passar o Grêmio, que vencia o Figueirense, e conquistar o segundo lugar no Brasileiro. Já o Cruzeiro, que bateu o Coritiba, por 2 a 1, já não joga mais com objetivos. Com isso, o clássico válido pela última rodada teria como única motivação a tradição rivalidade.

Porém, a vitória atleticana por 3 a 2, no Rio de Janeiro, mudou a história do duelo do próximo domingo, que agora é encarado como “final” de campeonato pelos dois maiores rivais, que reconhecem que um triunfo no duelo garantirá um final de temporada mais tranquilo.

“Que bom, não estava valendo nada nem Gre-Nal e nem o nosso. Agora está valendo muito os dois jogos”, reconheceu o técnico atleticano Cuca. Para recuperar o segundo lugar, o Atlético precisa vencer o Cruzeiro e torcer para o Grêmio não derrotar o Internacional.

O volante Leandro Guerreiro reconhece a motivação celeste é poder tirar a classificação direta do rival para a fase de grupos Libertadores. “Claro que serve é motivação a mais para a gente. Nossa motivação vai ser essa, ganhar jogo para não deixar o Atlético direto na libertadores”, afirmou

“Se for vai com tudo, cabeça na vitória, porque a gente sabe que tem que dar alegria ao torcedor, então nosso objetivo é esse. O objetivo deles era nos derrubar para a segundo divisão. Mesma coisa ano passado, este ano não queremos deixar eles direto”, acrescentou Leandro Guerreiro.

O clássico mineiro terá sabor especial para o Atlético também pela chance de “apagar” a goleada sofrida para o Cruzeiro por 6 a 1, na despedida do Brasileirão de 2011, quando não conseguiu rebaixar o maior rival e ainda viu o ano se encerrar em crise com o torcedor.

“A gente ficou chateado com a coisa que dificilmente irá acontecer novamente, aconteceu contra a gente. Não digo vingança, se a gente entrar com espírito de vingança, vamos dar armas para o adversário, mas temos de respeitar e lutar. Se lutar do início ao final e vencer, o torcedor vai sair de campo muito feliz”, observou o zagueiro Réver.

O meia Montillo, principal nome do Cruzeiro, reconhece já ter motivação especial para o clássico. “No clássico é o mesmo sangue que corre para ganhar o jogo. Quer ganhar. Pensamento tem que ser positivo, mas como falei tomara que seja um bom jogo de futebol. Que a gente saia feliz conquistando os três pontos”, disse.