Inter chega no Gre-Nal com 'iluminados' em baixa e Damião em jejum de dois meses

Índio pelo alto, D’Alessandro por baixo. Durante anos, o zagueiro e o meia foram fontes seguras de esperança para os colorados às vésperas de qualquer Gre-Nal. Mas desta vez, a dupla que soma 12 gols diante do Grêmio, chega ao clássico em baixa. O camisa 3 vem de um jogo com falha clamorosa. O argentino envolvido em atritos com a torcida.

Para completar o pacote de problemas a serem superados, Leandro Damião. Dono de 23 gols na temporada, ele não marca desde setembro. A seca que já dura mais de dois meses reflete o momento atual do Inter – que fechou todo o mês de novembro sem ganhar uma partida sequer.

O trio está garantido no time titular vermelho. E espera o jogo derradeiro do Olímpico para buscar a redenção.

“Não adianta muito ficar pensando só em nós três. Tem mais gente que pode fazer, tem o Diego [Forlán]”, minimizou Damião. “Claro que estou com saudade de fazer gols, mas ao mesmo tempo estou tranquilo. O importante é o Inter vencer, independente de quem marque”, completou.

A história de D’Alessandro no Gre-Nal é grande. Paralelo aos títulos, o camisa 10 acumulou boas atuações e gols diante do Grêmio. Foi dele, por exemplo, o primeiro na goleada de 4 a 1 em 2008. Jogo válido pelo Campeonato Brasileiro, dentro do Beira-Rio. Índio também deixou o seu naquele dia.

No ano passado, o gringo comandou a remontada vermelha na decisão do Gauchão. Após perder por 3 a 2 no Beira-Rio, o time então dirigido por Paulo Roberto Falcão ganhou pelo mesmo escore no Olímpico e faturou o estadual nos pênaltis. D’Ale ergueu um caixão com as cores do rival. Na última rodada do Brasileirão foi dele o gol da vitória. Gol de pênalti que garantiu a vaga na Libertadores.

Atualmente D’Ale vem sendo alvo da ira de alguns torcedores. No segundo tempo do jogo contra a Portuguesa chegou a encarar os críticos na arquibanca. Na saída de campo disse que poderia “saltar da barca”. Um cenário oriundo de seu 2012 irregular. Repleto de lesões e poucos jogos.

Para Índio a má fase ficou mais clara justamente contra a Lusa. O zagueiro de 37 anos falhou ao tentar afastar uma bola e depois cometeu pênalti claro, que deu origem ao segundo gol paulista.

Damião, por sua vez, está há dois meses sem fazer gol. Sua última bola na rede foi em setembro, na vitória de 3 a 1 diante do Bahia. A fase ruim dele culmina com um jejum geral da equipe. Que passou por todo o mês de novembro sem marcar.

“É aquela coisa: atacante vive de gols. Estou tranquilo com essa parte. Todo jogador sonha em fazer gol no Gre-Nal e eu já tive essa felicidade. Tomara que possa marcar de novo”, comentou o centroavante.