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Cruzeiro admite ir à CBF reclamar de gramado: "Foi uma palhaçada"

Marcelo Oliveira vê retrocesso no futebol brasileiro após jogo em gramado impraticável - Vipcomm
Marcelo Oliveira vê retrocesso no futebol brasileiro após jogo em gramado impraticável Imagem: Vipcomm

Do UOL, em Belo Horizonte

30/05/2013 10h20

Inconformado com a péssima qualidade do gramado da Vila Olímpica do Boqueirão, em Curitiba, onde o Cruzeiro empatou com o Atlético-MG em 2 a 2 na tarde de quarta-feira, a diretoria celeste deve enviar à Confederação Brasileira de Futebol (CBF) uma representação na qual protestará contra a escolha do local da partida válida pela segunda rodada do Campeonato Brasileiro.

A reclamação foi geral antes e depois da partida, de jogadores, do técnico Marcelo Oliveira e de dirigentes celestes. O diretor de futebol, Alexandre Mattos, chamou de “palhaçada” a mudança do local do jogo para a Vila Olímpica do Boqueirão, que não possui sistema de iluminação e só poderia ser usado à tarde.

“Tem Joinville perto, outros campos perto, até remarcar o jogo para outra data. Mas fazer o que fizeram aqui foi uma palhaçada com o futebol brasileiro”, esbravejou o dirigente, que admitiu ir à CBF reclamar.

Borges relaciona contusão ao "pior gramado" em que já jogou na carreira

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    Fora do jogo com o Botafogo, no próximo sábado, às 16h20, em Volta Redonda, o atacante Borges será submetido, nesta quinta-feira, na capital mineira, a um exame de imagem para definir a extensão da lesão sofrida durante o empate com o Atlético-PR, em 2 a 2, quarta-feira. O experiente jogador relacionou a contusão ao estado do gramado da Vila Olímpica do Boqueirão, em Curitiba, e foi duro em suas críticas ao campo. ?Infelizmente, o futebol brasileiro está mudando, mas não a mentalidade de algumas pessoas que comandam. O campo de futebol era impraticável, com todo respeito, era melhor colocar cavalo, gado, porque futebol é impraticável?, comentou o atacante cruzeirense, em entrevista à Rádio Itatiaia. Segundo ele, o campo do jogo com o Atlético-PR foi o pior de todos em que ele já jogou em sua carreira.

“As representações, com calma e tranquilidade, vamos mandar para a CBF. Os responsáveis são as pessoas que indicaram isso e as que concordaram com a marcação. Se não podia, a CBF que mandasse uma pessoa e desse uma olhada na condição”, afirmou Alexandre Mattos, em entrevista à Rádio Itatiaia.

A partida estava marcada para Vila Capanema, às 19h30. Porém, como o gramado do estádio não ficaria pronto a tempo, a CBF remarcou o jogo para a Vila Olímpica do Boqueirão, às 15h, devido à ausência de iluminação artificial.

Durante a partida, as duas equipes tiveram dificuldades com a qualidade do gramado, que apresentava irregularidades, areia, principalmente nas áreas dos goleiros, e muita lama. Depois do jogo, o Cruzeiro ainda sofreu com a falta de luz no vestiário.

“O futebol brasileiro está retrocedendo. Jogar num campo desses é um absurdo. Ter que passar por isso é ruim para o Cruzeiro, para o Atlético, para o espetáculo e para o torcedor. Agora mesmo, os jogadores estavam tomando banho e acabou a luz. Estamos retrocedendo perto de uma Copa do Mundo”, ressaltou Marcelo Oliveira.