Envergonhado, Fabrício diz que "camisa não ganha" e defende Ceni

Titular após a chegada de Paulo Autuori ao São Paulo, o volante Fabrício se diz envergonhado pela crise da equipe. Atualmente, o time é 19º colocado na tabela de classificação do Brasileirão, não vence há dez jogos no torneio, e está na zona de rebaixamento. 

 

"Dá vergonha. A gente tem uma vida social. Gosto de sair com meus filhos, e você fica com vergonha. Não dá vontade de sair de casa.  Tem que dar satisfação, torcedor cobra, a gente também está chateado", disse o volante, em entrevista coletiva no início da tarde desta terça-feira, no CT da Barra Funda. 

 

O experiente volante, de 31 anos, lembrou que em 2011 sofreu com a possibilidade de rebaixamento no Cruzeiro, quando o clube se salvou na última rodada do Brasileirão. Ele afirma que só a camisa e o prestígio do São Paulo não irão garantir a permanência na Série A. 

 

"Camisa só não ganha jogo, não adianta entrar por estar no São Paulo, clube de história maravilhosa. É passado, estamos numa situação ruim no presente. Precisamos evoluir. Achar que camisa resolve... não é assim", acrescentou.  

 

Fabrício será titular na quinta-feira, contra o Atlético-PR, às 19h30, no Morumbi. Ele diz que "não quer nem pensar em derrota". O volante recuperou vaga entre os titulares após sofrer com o afastamento sob o comando de Ney Franco. O ex-técnico, recentemente, criticou o goleiro Rogério Ceni por suposta interferência em entrevista ao jornal O Globo. Fabrício saiu em defesa do capitão.

 

"Não vejo nada disso. Vejo o Rogério como profissional de exemplo a ser seguido, se dedica de corpo e alma, conversando com todos os jogadores. Pela história que tem no clube, tem total direito de cobrar quem ele quiser. Sobre o Ney Franco, todo mundo sabe o problema que tive com ele", concluiu.