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Promessa, Gabriel vive jejum e ouve vaias na Vila: 'Sentiu a pressão'

Gabriel marcou pela última vez no dia 24 de agosto, em partida contra o Vitória, na Vila Belmiro - Ivan Storti/Divulgação/Flickr
Gabriel marcou pela última vez no dia 24 de agosto, em partida contra o Vitória, na Vila Belmiro Imagem: Ivan Storti/Divulgação/Flickr

Do UOL, em São Paulo

16/09/2013 06h00

Apontado como uma das maiores promessas do Santos nos últimos anos, Gabriel, conhecido como Gabigol, deu um alento à torcida no mês passado ao ter boas atuações e marcar contra Grêmio, pela Copa do Brasil, e Vitória, pelo Brasileirão.

No entanto, o atacante deixou o bom futebol de lado, perdeu jogos por uma convocação para a seleção sub-17 e não marca desde o dia 24 de agosto. Autor somente dos dois gols que aumentaram as esperanças da torcida por um substituto para Neymar, o atacante ouviu vaias e xingamentos neste domingo, na derrota para o Botafogo.

De acordo com o "Datafolha", Gabriel teve uma atuação discreta no revés contra os cariocas. Tentou quatro finalizações (duas certas e duas erradas, recebeu 21 bolas e foi acionado 31 vezes, bem abaixo de Thiago Ribeiro, Cícero, Alisson, Cicinho e Mena, por exemplo. Para o técnico Claudinei Oliveira, o garoto sentiu as vaias.

"O Gabriel fez um bom primeiro tempo, criou boas jogadas. No entanto, quando a torcida pressionou, acho que ele sentiu a pressão. Ele vinha contando com apoio, aplausos e acho que sentiu um pouco. Temos sempre que lembrar que ele tem apenas 17 anos. É preciso ter calma", defendeu o comandante, que também não foi poupado pelos torcedores em alguns momentos.

O próprio camisa 11 saiu de campo admitindo que mereceu as vaias por parte do público que compareceu à Vila. 

"Os torcedores estão certos, não joguei bem. Eu tenho que assumir essa responsabilidade e voltar a fazer gols. Sei que posso melhorar", lamentou o jovem atacante.

Apesar da atuação discreta de Gabigol, Leandrinho e de Neilton, que começou no banco de reservas, Claudinei Oliveira lembrou que os jogadores são jovens e terão uma oscilação normal para o momento em que vivem. 

""Nosso elenco é jovem, vai oscilar e ter dificuldades pela falta de experiência. Não dá para falar em chegar ao limite. Eles estão em processo de evolução. Tem jogos que são brilhantes e fazem a diferença, tem jogos que não são brilhantes. Eu vou continuar apostando na garotada", afirmou.

O Santos faz uma campanha apenas regular no Brasileirão e ocupa a nona colocação, com 28 pontos conquistados. A equipe, porém, vem de dois resultados adversos consecutivos - Flamengo, no Rio de Janeiro, e Botafogo.