Topo

Felipe joga 100% das partidas do Flu com Luxa em fase crucial por futuro

Luxemburgo mostra confiança em Felipe desde que o convocou para a seleção no Pré-olímpico de 1999 - Fernando Cazaes/Photocamera
Luxemburgo mostra confiança em Felipe desde que o convocou para a seleção no Pré-olímpico de 1999 Imagem: Fernando Cazaes/Photocamera

Do UOL, no Rio de Janeiro

20/09/2013 06h00

No Fluminense desde janeiro, o meia Felipe viu sua passagem pelo clube dar uma guinada no final de julho, quando o técnico Vanderlei Luxemburgo chegou às Laranjeiras. De lá para cá, o jogador disputou todas as partidas do Tricolor, sem exceção. O crescimento chega justo no momento em que o apoiador começa a ter seu futuro definido no clube.

Felipe tem contrato com o Fluminense até o dia 31 de dezembro deste ano. Seu desempenho nestes últimos meses, portanto, será decisivo para que seja definido seu rumo. A tendência, por enquanto, é que Felipe não vire o ano nas Laranjeiras, já que a diretoria não se empolgou com seu futebol nesta temporada.

A impressão não é a mesma tida por Luxemburgo. O técnico adotou o meia de 36 anos como homem de sua confiança no elenco tricolor e tem lhe usado com uma frequência inédita até aqui nesta segunda passagem pelo Fluminense.

Felipe emplacou 15 jogos consecutivos pelo time das Laranjeiras desde a estreia do atual treinador. Antes, com Abel Braga, a melhor marca do meia havia sido de sete partidas seguidas, seis delas atuando por menos de 20 minutos.

“Utilizo o Felipe quando a bola precisa sair do meio para frente com mais qualidade. Ele entra em todos os jogos, é uma extensão do time e isso é feito com regularidade no futebol europeu. Na vitória sobre o Criciúma ele entrou bem mais uma vez. Está satisfeito e se sentindo útil”, analisou Luxemburgo.

A intensidade do uso de Felipe com Luxemburgo cresceu tanto que, em pouco mais de 45 dias, o meia já está próximo de superar o total de partidas que fez em todo o primeiro semestre, com Abel Braga. O apoiador fez 18 partidas com o antigo técnico, enquanto Vanderlei o utilizou nas 15 oportunidades em que comandou o Fluminense.

Ajuda também no maior número de oportunidades que o apoiador vem ganhando a falta de nomes de peso no meio-campo. O setor carece de experiência desde que Thiago Neves foi vendido para o Al Hilal em julho e Deco se lesionou e, posteriormente, aposentou, em agosto. Entre os armadores além de Felipe, apenas Wagner não foi criado nas categorias de base do Fluminense.

Se continuar como presença constante nos jogos do Fluminense, Felipe pode até mesmo superar o número de vezes que esteve em campo pelo Vasco no ano passado, por exemplo. Em 2012, o meia atuou por 43 oportunidades, apenas 10 a mais que a atual marca. Na última temporada, no entanto, ele fez 28 jogos como titular; nesta foram só nove.

Para aumentar sua possibilidade de continuar no clube – ou mesmo de conseguir um bom acordo com outro time – Felipe também terá de superar uma marca ruim deste ano. O meia ainda não marcou um gol sequer na temporada, algo que não acontece  desde 2010, quando retornou ao Vasco após jogar cinco anos no Al-Sadd, do Catar.