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Atlético-MG intensifica avaliações para evitar novas baixas para o Mundial

Luan, abraçado por Ronaldinho, admite que alguns jogadores estão acusando cansaço físico - Bruno Cantini/site oficial do Atlético-MG
Luan, abraçado por Ronaldinho, admite que alguns jogadores estão acusando cansaço físico Imagem: Bruno Cantini/site oficial do Atlético-MG

Bernardo Lacerda

Do UOL, em Vespasiano (MG)

02/10/2013 06h00

A onda de lesões que tomou conta da Cidade do Galo passou a ser a grande vilã do técnico Cuca para a preparação do Atlético-MG para o Mundial de Clubes, em dezembro. Com sete atletas lesionados, o departamento médico atleticano trata os problemas como fatalidade, mas intensificará avaliações para evitar novas baixas.

O departamento médico encheu nos últimos dias. Além de Ronaldinho Gaúcho e Richarlyson, que são os casos mais graves e necessitarão de mais tempo para retornar aos gramados, Réver, Michel, Gilberto Silva, Guilherme e Dátolo se recuperam de contusão.

Richarlyson sofreu lesão no joelho esquerdo e está fora do restante da temporada, inclusive do Mundial de Clubes. Ronaldinho se recupera de ruptura do músculo adutor da coxa esquerda e virou a grande preocupação para a competição no Marrocos.

O chefe do departamento médico do Atlético, Rodrigo Lasmar, disse que alguns casos são fatalidades que ocorrem no futebol, mas reconhece que a situação no clube é preocupante para o Mundial de Clubes. “O Réver é do jogo, fatalidade, Richarlyson não tem nada a ver com sobrecarga. O Michel fez artroscopia, nada ligado a sequência de jogos”, observou.

“Temos três jogadores machucados com lesões musculares. O departamento médico ficou vazio quase o ano inteiro. Em uma semana tivemos lesões, mas situações normais. Mas é claro que a gente se preocupa para o Mundial, a gente faz avaliação dos atletas”, acrescentou Rodrigo Lasmar.

O departamento médico atleticano tem evitado relacionar as lesões ao excesso de jogos, mas ao mesmo tempo monitora os atletas para evitar novos problemas. “Sempre relacionamos as lesões pelo número de horas jogo e treino. Quanto mais treino ele tem, mais exposição à lesão. Mas esses casos são fatalidades. Das lesões musculares, aí podemos falar em fatores que podem aumentar a incidência, é comum no futebol, mas ninguém se sente bem com as lesões”, comentou.

“Faz parte da rotina do futebol, ele é uma rotina intensa em outros países também. Os clubes precisam jogar, futebol é um grande negócio, e por isso existem grandes jogos. Não podemos falar da ligação com o calendário”, acrescentou Rodrigo Lasmar.

Já Luan acredita que os companheiros estão sentindo o desgaste físico. “Calendário puxado, difícil, a minha recuperação é boa, mas alguns tem recuperação mais lenta, atrapalha dentro de campo, que possa mudar isso, que o jogador possa trabalhar e tenha o descanso necessário”, ressaltou o atacante.