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'Estrelas' do Fla expõem má forma física e não completam partida há 1 mês

Carlos Eduardo melhorou o nível das atuações no Flamengo, mas não consegue jogar 90 minutos - Alexandre Vidal/Fla Imagem
Carlos Eduardo melhorou o nível das atuações no Flamengo, mas não consegue jogar 90 minutos Imagem: Alexandre Vidal/Fla Imagem

Do UOL, no Rio de Janeiro*

15/10/2013 06h10

Seja lá qual for o jogo do Flamengo, uma decisão do técnico Jayme de Almeida já é conhecida por todos: em algum momento do segundo tempo, o comandante do time terá que sacar André Santos e Carlos Eduardo. Ainda longe de encontrarem a melhor forma física, as estrelas rubro-negras, que foram as principais contratações do clube nas janelas de transferências de 2013, encaram um cansaço que parece não ter fim e não sabem o que é completar uma partida há um mês.

A última vez que ambos conseguiram atuar por 90 minutos foi no dia 15 de setembro, no empate por 1 a 1 com a Ponte Preta, em Campinas. De lá para cá, quando não são poupados pelo desgaste da maratona de jogos, os dois são sacados na segunda etapa. Carlos Eduardo foi substituído nos últimos seis duelos, enquanto André Santos deixou o campo antes do apito final em sete oportunidades no mesmo período.

Carlos Eduardo, que ficou quase dois anos afastado dos gramados por uma lesão no tendão do joelho, se defende e entende que o desgaste durante as partidas é normal para qualquer jogador.

“Estou me sentindo bem fisicamente. Não tenho nenhum problema de ordem física. As substituições durante as partidas são por opção do nosso comandante, a quem tenho um grande respeito e acato com muita tranquilidade as suas decisões. Pois sei que ele busca sempre o melhor para o Flamengo. O Jayme é um excelente treinador e sabe lidar com o grupo. Qualquer jogador sente um desgaste normal ao decorrer dos 90 minutos. Ninguém começa e termina o jogo da mesma maneira. Fiquei quase dois anos sem jogar futebol e as coisas não podem acontecer de uma hora para outra. Quem trabalha sério no futebol sabe que essa volta é complicada e gradativa. Outros jogadores que tiveram lesões parecidas com a minha também ficaram um tempo para voltar a jogar no mesmo nível de quando sofreram as lesões. Estou trabalhando cada vez mais para ajudar o Flamengo e acredito que tive uma melhora nesse segundo semestre”, disse o camisa 20 do Flamengo, através de comunicado.

No clássico do último domingo contra o Botafogo, mesmo bem em campo e comandando o setor de criação do Flamengo no Maracanã, Carlos Eduardo foi substituído. “Tecnicamente, é um jogador muito bom, mas ficou muito tempo sem atuar. Precisamos ter paciência e dosar bem o tempo que ele atua. Nos minutos que fica em tempo, procuro passar confiança. Ele tem ido bem recentemente. Pelo grande potencial que tem, pode nos ajudar, mas tem hora que ele ainda sente um pouco o ritmo”, explicou o técnico Jayme de Almeida.

Dois minutos antes, André Santos já havia deixado o campo. Visivelmente cansado, ele não conseguiu repetir boas atuações de outros jogos. Até mesmo na partida contra o Coritiba, quando era um dos melhores em campo e já havia feito o primeiro gol da vitória, o lateral que atua no meio foi sacado.

“Temos que segurar mesmo. Ele às vezes fica muito cansado”, confirmou o treinador rubro-negro.

Questionamentos

Apesar de Jayme de Almeida achar a falta de ritmo normal, Carlos Eduardo e André Santos vêm sendo muito questionados nos bastidores. Membros da diretoria não escondem a insatisfação com a demora da dupla para conseguir entrar em forma.

O meia, que foi a grande contratação da janela de janeiro, só conseguiu atuar durante 90 minutos em três dos 30 jogos pelo Flamengo. Já o lateral, que chegou durante o período de transferências do meio do ano, ainda não convenceu cúpula e torcida do Flamengo. Além de terem que se habituar às substituições, ambos estão tendo que se acostumar com as vaias no momento da troca.

* Atualizada às 12h33, do dia 15/10/2013

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