Cícero não atrela crise no Santos a rumores sobre chegada de Ney Franco

O volante Cícero, artilheiro do Santos no Campeonato Brasileiro e na temporada 2014, está em crise na Vila Belmiro. O atleta desabafou contra a diretoria e cobrou uma valorização contratual. No entanto, o jogador alega que a possível chegada de Ney Franco, técnico do Vitória, para comandar o time paulista em 2014, não tem influencia em relação ao impasse sobre sua permanência na próxima temporada.

“Independentemente do treinador que o Santos contratar, ele vai encontrar um grupo maravilhoso, vamos fazer o melhor. Todos querem vencer. Sobre o Ney Franco quando ele chegou no São Paulo me botou para jogar, continuou comigo, a minha questão com o São Paulo não foi diretamente com o Ney Franco, mas as cosias que aconteceram lá, as coisas que vieram de cima para baixo e acabaram me prejudicando lá”, afirmou Cícero.  

“Tenho a minha defesa, fiquei um ano e cinco meses, fiz mais de 90 jogos. O Ney Franco é um bom treinador, as coisas não aconteceriam para mim lá, então resolvi encaminhar a minha vida”, completou.

Além de problemas com a diretoria do São Paulo, Cícero teve problemas com Éder Bastos, auxiliar de Ney Franco. Entre os jogadores, Bastos ganhou a fama de mandar até mais que o técnico, e também influenciar o comandante a escalar jogadores de quem ele gosta.

Isso porque Ney Franco possui um método europeu de trabalhar. Ele vai pouco ao campo e só prioriza os treinos táticos. Sendo assim, o seu auxiliar comanda os trabalhos técnicos e recreativos e, por isso, acaba obtendo mais contato com o elenco.

Vale lembrar que Cícero provocou indiretamente umas das crises entre Rogério Ceni e Ney Franco no São Paulo.

Em partida contra a LDU de Loja (ECU), no Morumbi, em duelo pela Copa Sul-Americana do ano passado, Ceni pediu a entrada de Cícero, reserva do tricolor paulista na ocasião, e reprovou em público a atitude de Ney Franco, que escolheu Willian José, hoje também no Santos.

Apesar de um possível problema com a comissão técnica de Ney Franco, o problema de Cícero no Santos é financeiro. O jogador que mais entrou em campo pelo time em 2013, com 66 jogos, espera ser valorizado. Por conta disso, o volante não garantiu que permanece no clube mesmo tendo contrato de empréstimo até o fim de 2014.