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Após superar reserva, Wagner dá conselho a Walter e celebra boa fase no Flu

Rodrigo Paradella

Do UOL, no Rio de Janeiro

01/05/2014 12h41

O meia Wagner passou por situação semelhante à de Walter nos últimos tempos, mas deu a volta por cima com a chegada do técnico Cristóvão Borges ao Fluminense. O apoiador era titular em 2013, mas perdeu o lugar no começo deste ano até a contratação do novo treinador. Animado com a boa fase, o jogador aproveitou para dar um conselho ao companheiro que reclamou do banco após a vitória por 1 a 0 sobre o Palmeiras, no último sábado.

“Ele tem que ter paciência. Porque ele vai jogar. O Fred vai para a Copa, vai ter oportunidade para o Walter. São 38 jogos, não tem como todos jogarem sempre. Oportunidade vai ter. Se o técnico não poupar, alguém pode machucar também. Na hora que vier a recompensa, levantar uma taça, vai esquecer todo esse sufoco”, disse Wagner.

O meia também falou da dificuldade que teve para voltar à titularidade em 2014. Wagner participou da estreia no Carioca em derrota por 3 a 2 para o Madureira, mas perdeu a vaga já no jogo seguinte. A partir daí, o apoiador virou suplente na equipe de Renato Gaúcho, e só recuperou o lugar com Cristóvão.

“A vida é feita dessa maneira, altos e baixos. Cabe a nós levantar a cabeça senão ficamos pelo caminho. Vou continuar o meu trabalho porque sei do que sou capaz, do meu potencial”, lembrou o meia.

“O que ajuda é mais a experiência, e acreditar no potencial e trabalho. Em nenhum momento deixei de acreditar e dar minha contribuição. No futebol tem isso, ter de provar sua capacidade, mesmo que seja em cinco minutos”, complementou.

Wagner também falou sobre o assunto mais comentado do momento, o racismo no futebol internacional. O jogador condenou as recentes atitudes preconceituosas no esporte e pediu punições mais severas.

“A pena tem que ser muito severa. Essa de racismo é inadmissível em pleno século XXI. Um esporte que chega na casa de tanta gente, tem que ser mais severa a punição. Tenho dois filhos e não pode chegar esse recado. Se pune as pessoas porque é lei, por que não cumprir no esporte? A pena tem que ser severa e acabar com isso, mancha o futebol”, encerrou Wagner.