Atlético falha no 1º semestre e Brasileiro vira chance para amenizar erros
Buscar a recuperação no Brasileirão, onde soma apenas um ponto, e chegar à pausa para a Copa do Mundo entre os primeiros colocados, é o objetivo que resta ao Atlético-MG no primeiro semestre de 2014, após o time falhar nas duas competições que disputou nos primeiros meses desta temporada.
A comissão técnica e a diretoria atleticana tinham traçado duas metas para o primeiro semestre. Tentar o tricampeonato e, principalmente, o bi da Libertadores. Porém, o clube falhou em ambas. Perdeu o Estadual para o maior rival, que por ter feito melhor campanha na fase inicial foi campeão com dois empates sem gols, e foi desclassificado ainda nas oitavas de final do torneio continental para o Atlético Nacional (derrota por 1 a 0, em Medellin, e empate em 1 a 1, em Belo Horizonte).
O volante Pierre, um dos jogadores mais experientes do elenco do Atlético mantém a calma em relação ao momento conturbado vivido pelo clube em 2014. Tranquilo, o jogador não considera que o primeiro semestre atleticano tenha sido “trágico”, mas reconhece frustração pela queda precoce na Libertadores. “Tínhamos condição de ir mais longe”, disse.
“Se a gente parar para analisar, não foi nada trágico. Perdemos (o título) para o nosso rival com dois empates. Acabamos a primeira fase da Libertadores na primeira colocação. Pegamos um adversário qualificado. Não podemos vir com cobrança excessiva na equipe. Não temos apresentado o mesmo futebol do ano passado. Mas estamos trabalhando para ver se a gente consegue”, disse Pierre.
Porém, para o torcedor atleticano o sentimento é que o time perdeu o primeiro semestre. O próprio presidente Alexandre Kalil reconheceu que 2014 se iniciou para o Atlético apenas no dia primeiro de maio, quando a equipe foi eliminada em pleno Independência para o Atlético Nacional, na Libertadores. “Jogamos quatro, cinco meses no lixo”, disse Kalil.
“O sentimento é de frustração. Se parar para analisar a Libertadores, sabíamos que tínhamos condições de ir mais longe, de brigar pelo título. Não ia ser um caminho tão difícil quanto foi no ano passado. Se eliminássemos o Nacional, seriamos a melhor campanha a partir das quartas”, analisou Pierre.
O experiente atleta diz saber o que resultou no insucesso. “Houve oscilação. Houve mudança de estilo, do Cuca para o Paulo, agora para o Levir. Nós jogadores estamos assimilando o mais rápido possível. Quando não se vem os resultados, vêm os questionamentos. Temos que ter tranquilidade, tirar todo tipo de desconfiança dentro do nosso grupo. Sabemos da nossa capacidade. É humildade, trabalho”, ressaltou Pierre.
Mais do que os resultados em campo, o planejamento mostra que o primeiro semestre atleticano foi perdido. O clube trocou de treinador ainda com quatro meses de temporada, Levir Culpi substituiu a Paulo Autuori, muito criticado. Os reforços não surtiram efeito e apenas Otamendi conseguiu se tornar titular. O Atlético ainda está no mercado tentando novos nomes, para apagar os erros das contratações do começo do ano.
Para tentar terminar o primeiro semestre menos traumático possível, o Atlético tem ainda mais sete jogos pelo Brasileirão antes da pausa do torneio para a Copa do Mundo e precisará de bom rendimento, para se recuperar no torneio, no qual soma apenas um ponto em dois jogos e chegar ao período de intertemporada que fará na China nas primeiras colocações.
“É levantar a cabeça. Futebol não tem tempo para lamentar. O ano não acabou. Temos um Brasileiro que precisa reagir o mais raposo possível, porque em duas partidas somamos só um ponto. Depois, vem a Copa do Brasil e a Recopa. Vida que segue”, afirmou Pierre.
O segundo semestre será de muitas competições para o Atlético. Além da sequência do Brasileirão, o time disputará a Recopa Sul-Americana, contra o Lanús, provavelmente em agosto e a Copa do Brasil, onde entrará nas oitavas de final. Alexandre Kalil reconhece a necessidade de conquistar um titulo para se despedir da Presidência atleticana em alta. Ele encerra seu segundo e último mandato em dezembro deste ano.
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