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Lúcio titubeia sobre estrangeiro, mas volta a elogiar trabalho de Valentim

Do UOL, em São Paulo

18/05/2014 21h14

Capitão do Palmeiras no triunfo deste domingo sobre o Vitória, por 1 a 0, Lúcio tentou se explicar quando foi questionado a respeito das opções para o comando do clube. Depois de prever dificuldades de adaptação para um estrangeiro, o zagueiro ressaltou que não quis intervir na escolha da direção.

“Não quis dizer no Palmeiras em si, quis dizer no Brasileiro, eu não sei se ele acompanha. Eu vivi 12 anos na Europa e senti. O clima é diferente, o ambiente das partidas, tudo isso muda. Sem dúvida vai ter de ter tempo de adaptação e a gente sabe que futebol brasileiro não tem paciência para isso”, disse Lúcio à rádio Globo.

“Ele”, no caso, é Ricardo Gareca, ex-técnico do Vélez que está na mira da diretoria palmeirense. Na última semana, Lúcio foi questionado sobre o caso e respondeu que, para ele, é “complicado” ter um comandante estrangeiro. Neste domingo, o zagueiro lembrou do papel de Gilson Kleina, demitido há menos de duas semanas.

“Sem dúvida ele deixou um lastro bem montado aqui. Como a gente tinha falado, ali [derrota fora de casa para o Sampaio Correia, que resultou na demissão de Kleina] era apenas o primeiro tempo de um mata-mata. Poderia reverter em casa. Só que é futebol. A gente vive de vitórias, a vitória tem de sempre existir. Pega uma sequência ruim de derrotas e a vitima é um técnico”, disse o zagueiro.

Curiosamente, o maior interessado no discurso de Lúcio evita se envolver. Alberto Valentim, interino que venceu três dos três jogos em que treinou o Palmeiras até agora, e que poderia pleitear uma efetivação, tira o corpo fora quando é questionado sobre o assunto.

“Não sei se vai vir um estrangeiro ou não. Vai vir, com certeza, alguém bem escolhido pela diretoria para fazer um grande trabalho”, disse Valentim.