Flamengo ignora crise e protestos da torcida. Reforços só durante a Copa
A paciência da torcida do Flamengo com a diretoria terminou na noite da última quarta-feira. Após mais um resultado negativo no Campeonato Brasileiro - empate por 1 a 1 com o Bahia -, os torcedores presentes ao estádio Moacyrzão, em Macaé, não pouparam críticas ao presidente Eduardo Bandeira de Mello e ao vice de futebol Wallim Vasconcellos. Os cartolas foram cobrados principalmente por conta da necessidade de reforços.
As redes sociais também foram um termômetro para avaliar a insatisfação da torcida. Depois da eliminação na Copa Libertadores e a demissão de Jayme de Almeida, as críticas pela política de redução de gastos em prol das finanças do clube aumentaram consideravelmente. Os gritos de “time sem vergonha” tornaram-se constantes a cada apresentação do Flamengo.
Apesar do panorama desfavorável, a gestão prega a tranquilidade e deixa claro dia após dia que só fará movimentações no mercado durante a pausa no Campeonato Brasileiro para a disputa da Copa do Mundo. Nas últimas posições da tabela - 16º lugar e cinco pontos -, o elenco vai tentar reunir forças para reagir.
“Temos que conviver com a pressão da torcida. É dessa forma que funciona em um clube grande. A cobrança é natural quando estamos na parte de baixo da tabela. Cabe ao Flamengo retomar o caminho das vitórias. Essas coisas acontecem no dia a dia", afirmou o técnico Ney Franco.
“O Campeonato Brasileiro possui duas partes. Qualquer clube, mesmo os que estão na ponta, precisam ficar atentos ao mercado. O nosso elenco tem espaço para a chegada de outros jogadores e conversamos com a diretoria na busca por possíveis nomes que integrem o plantel”, completou.
A situação delicada é tratada pelos mais pessimistas como “sem solução” nos bastidores da Gávea. O comandante discordou, mas mostrou consciência da necessidade emergencial de vitória, no próximo domingo, quando o Rubro-negro enfrenta o Santos, às 16h, no Morumbi.
“O Flamengo tem solução. Estamos em um clube com camisa e estrutura para desenvolver o trabalho. O Campeonato Brasileiro possui a característica de times que começam mal e se acertam. Estamos muito abaixo do que todos esperavam, mas a nossa obrigação é trabalhar para colocar o time em uma condição melhor”, encerrou.
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