Topo

Gareca esbanja simpatia no Palmeiras e brinca com sósias e salário

Danilo Lavieri

Do UOL, em São Paulo

23/05/2014 17h16

Se existe alguma animosidade a mais que a saudável rivalidade esportiva entre brasileiros e argentinos ela não apareceu em nenhum momento durante a apresentação de Ricardo Gareca como treinador do Palmeiras, nesta sexta-feira, na Academia de Futebol. Muito pelo contrário. O hermano esbanjou simpatia em sua primeira aparição oficial, fez piadas e arrancou risos de torcedores, jornalistas e cartolas.

No treino da tarde, não apareceu e ficou atendendo a diversas reuniões na parte interna do CT. Nestor Bonilla, seu preparador físico, assistiu a boa parte dos trabalhos. 

Mais cedo, na apresentação, Gareca disse que é falsa qualquer rejeição à cor verde por superstição. Em outra brincadeira, comentou até sobre os diversos sósias que ganhou no momento em que desembarcou no aeroporto de Guarulhos.

“Eu vi muitos apelidos e comparações que vocês fizeram, mas eu não vou comentar”, disse ele em meio a risos.

Em uma pergunta sobre o modelo de produtividade adotado pela diretoria, ele se confundiu com o idioma. Pensou que estavam perguntando sobre seu salário e não perdeu tempo em lançar outra piada. “Dinheiro? De dinheiro eu não falo! Vocês já falaram demais”.

Mesmo depois de receber ajuda de assessor e de jornalistas que dominam o espanhol, voltou a brincar após responder a pergunta. “Mas, olha, de dinheiro eu não falo! Vocês falaram muito já”.

Como todo evento de futebol, também foi inevitável a pergunta sobre a Copa do Mundo. Gareca não titubeou em dizer que está, agora, trabalhando no Brasil, mas seguirá torcendo de acordo com o seu coração.

“Não sei quem é o favorito. Eu quero que a Argentina ganhe!”, começou. “Mas o Brasil é dono da casa, tem a obrigação de ganhar. Por ser dono da casa, pela expectativa que gera em vocês e na torcida. Mas eu quero que a Argentina ganhe, claro!”, completou.

No fim, após quase meia hora de entrevistas, fez cara de triste ao ser informado que a coletiva tinha acabado. “Acabou? Já?”, perguntou ele para o assessor. Antes de sair, foi questionado sobre a pronúncia de seu nome. Já de pé, ele levantou o dedo indicador da mão esquerda e informou dando as suas últimas palavras antes de arrancar outros risos. “É Garêca (com o som do 'e' fechado). Não Garéca (com o som de 'e' aberto).”.