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Abel muda bola parada do Inter contra espionagem do 'filho' Edinho

Volante deve começar clássico no banco, mas Abel Braga mudou planos mesmo assim - Lucas Uebel/Divulgação/Grêmio FBPA
Volante deve começar clássico no banco, mas Abel Braga mudou planos mesmo assim Imagem: Lucas Uebel/Divulgação/Grêmio FBPA

Jeremias Wernek

Do UOL, em Porto Alegre

09/08/2014 15h15

Abel Braga e Edinho estavam juntos nos títulos da Libertadores e do Mundial, em 2006. Também comemoraram o Campeonato Brasileiro com o Fluminense, em 2012. Mas neste domingo, no Beira-Rio, vão ser rivais. Chamado de filho pelo técnico, o camisa 8 do Grêmio pode atacar de espião e contar segredos que já foram compartilhados pelo antigo chefe em outros tempos. E até por isto, o Internacional precisou mudar algumas coisas no seu plano.

Para evitar que Edinho entregue as jogadas de bola parada, praticadas no Flu e que se mostram eficientes nos jogos recentes do Inter, Abel fechou dois treinamentos ao longo da semana. Tratou de inventar novas ordens, sinais para elas e posicionamentos.

“Tenho que ter algo para surpreender, do lado de lá tem o Edinho. Ficou dois anos e meio comigo no Fluminense. Ele vê a posição dos caras e sabe o que vai sair, então tenho que mudar”, confirmou Abel Braga.

Edinho não tem vaga garantida no time do Grêmio, pelo contrário. O volante deve começar no banco de reservas, mas mesmo assim poderia executar a ‘função extra’ temida por Abel Braga. A de relatar algo para Luiz Felipe Scolari, nem que seja no reservado, durante o jogo.

A relação entre Abel e Edinho é profunda e quase evitou essa dor de cabeça às vésperas do Gre-Nal válido pela 14ª rodada do Campeonato Brasileiro. Em dezembro, Abel chegou ao Inter e indicou Edinho para os dirigentes. O nome não agradou e o jogador acabou no Grêmio. Virou rival e aspirante a espião.

Os dois já estiveram em lados opostos neste ano, nos três clássicos válidos pelo Campeonato Gaúcho. Edinho foi titular em todos e acumulou dois cartões amarelos, nas partidas da final. Na grande decisão, em Caxias do Sul, o volante foi sacado no intervalo e viu do banco o seu time ser derrotado por 4 a 1. Neste domingo ele tem a chance de ver uma revanche ou amargar a terceira derrota para o seu pai adotivo no futebol.