Petros viveu 40 dias de tensão. Agora ri, brinca e espanta fama de agressor
João Henrique Marques
Do UOL, em São Paulo
03/10/2014 12h55
Petros passou 40 dias de angústia entre a agressão ao árbitro Raphael Claus e o julgamento do pleno no STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva). O período foi lembrado pelo jogador na primeira entrevista coletiva concedida após o episódio. Foi nesta sexta-feira no CT Joaquim Grava que ele deu demonstração de superação do problema.
O meia do Corinthians fez muitas brincadeiras ao falar do tema, mas também não deixou de tratar o assunto com seriedade. Ele passa segurança ao tratar o caso como problema passageiro.
“Posso garantir que nunca mais vai acontecer. Foi um acontecimento já superado. É uma coisa simples, aqui (sala de entrevistas) temos 50 pessoas, e quem nunca passou por um problema? Seria injusto comigo carregar rótulo por acontecimento passado, já que eu não sou de polêmica, e sempre fui muito sincero com todos. Eu aprendi muitas coisas e hoje sei em quem posso confiar”, disse Petros.
“Aprendi a estar ligado sempre aos fatos bons, como convocação, gols, números de desarmes, apelidos de torcida, e não por essas coisas que marcam um jogador negativamente. E confiar é uma questão familiar, eles são importantes. No futebol você faz muitos amigos que só aparecem na hora que está tudo bem”, detalhou o jogador.
Petros teve incialmente suspensão de 180 dias impostas pela agressão. Só que o pleno do STJD reduziu a pena para três partidas, todas já cumpridas. Agora, ele voltou a ser titular do Corinthians.
“Converso bastante com os árbitros e sempre de maneira educada. Vejo que estou sendo tratado com respeito também, não existe problema. Sou o jogador que mais sofro falta na competição, e tenho uma média de 1,3 por jogo. Não há um corporativismo contra mim”, avaliou Petros.
O meia trata o assunto com tranquilidade, e não deixou de fazer brincadeiras sobre o tema. A mais marcante foi quando perguntando se imagina ter que discutir o episódio por muito tempo: “Que nada, daqui a pouco vem alguém e faz outra m...e todo mundo esquece”, gargalhou.
Em outro momento, Petros também brincou ao responder sobre se de fato queria agredir o árbitro Raphael Claus: “posso desligar o microfone para responder”.
“De maneira alguma eu tive uma ação premeditada. Imagina se um jogador vai a um clássico de magnitude de Santos e Corinthians pensando em bater no árbitro. É um caso que não vai se repetir”, complementou com seriedade o jogador.
Com o episódio superado, Petros segue como peça fundamental no esquema de Mano Menezes. O meia tem contrato com o Corinthians até o fim de 2018.
"Eu valorizo essa chance que eu tenho de jogar pelo Corinthians como nunca. Todos os dias que fiquei sem jogar, treinava demais. Fazia treino até escurecer aqui e tropeçava no cone ao final de tão cansado que estava. Na vida a gente se empolga, cai do cavalo, e para conseguir outra chance é complicado. Não posso desperdiçar isso. Foram dias de reflexão", finalizou Petros.
"Eu valorizo essa chance que eu tenho de jogar pelo Corinthians como nunca. Todos os dias que fiquei sem jogar, treinava demais. Fazia treino até escurecer aqui e tropeçava no cone ao final de tão cansado que estava. Na vida a gente se empolga, cai do cavalo, e para conseguir outra chance é complicado. Não posso desperdiçar isso. Foram dias de reflexão", finalizou Petros.