Ele era 5ª opção como volante, mas usou brecha para se firmar no Botafogo
A história de Rodrigo Souto teve uma grande reviravolta. Quinta opção como volante, o jogador passou a ser titular da zaga do Botafogo, ao lado de André Bahia. Isso porque Dankler e Matheus Menezes não convenceram e foram preteridos pelo técnico Vagner Mancini. Mas para se firmar no Alvinegro, Souto teve que esperar sua vez e mostrar serviço na hora certa.
Rodrigo Souto chegou ao Botafogo sob muita desconfiança. Após se destacar no São Paulo, em 2011, o volante não teve muito brilho nos últimos quatro anos. Mesmo assim, ele foi contratado pelo Alvinegro e se viu em uma saia justa: seu irmão, Ney Souto, é gerente geral da base do clube. A situação aumentou ainda mais o receio por parte da torcida.
E a desconfiança se tornou realidade. Rodrigo Souto até iniciou o Campeonato Carioca mostrando serviço, mas aos poucos foi caindo no esquecimento até que quase não era relacionado para as partidas pelo então técnico Eduardo Húngaro – foram seis jogos no estadual e dois pela Libertadores. Com a chegada de Mancini, a história não foi muito diferente.
Ele até teve oportunidades, mas não conseguiu render o esperado em sua função principal e sofria com a forte concorrência de Airton, Gabriel, Bolatti e até do jovem Fabiano. Até que a falta de opção fez Mancini novamente apostar em Rodrigo Souto. E ele correspondeu com grande atuação diante do Corinthians, em Manaus.
O volante foi mantido para o jogo seguinte, mas a humilhante goleada por 5 a 0 para o Santos fez o treinador novamente mudar a escalação e Rodrigo Souto voltou ao banco. Mas por pouco tempo. Para o treinador, o principal problema estava na dupla de zaga e barrou Dankler e Matheus Menezes mesmo sem ter um jogador da função à disposição.
A experiência de Souto foi levada em conta e ele foi escolhido para fazer a função de zagueiro ao lado de André Bahia diante do clássico com o Flamengo. Arriscado? Talvez, mas o fato é que a defesa teve uma segurança até então não apresentada. Rodrigo Souto agradou. E muito. Tanto que seguirá entre os titulares para a partida contra o Cruzeiro, neste domingo, no Mineirão. Mas sem Bahia, com dores musculares. Dankler volta ao time.
“Ele fez uma partida brilhante e cumpriu o que eu havia pedido. É experiente, tem bom toque de bola e não se enervou. Tivemos uma posse de bola interessante muito em função de termos o Souto ali atrás. Contra o Corinthians. Ele nos ajudou muito como volante. Hoje, como zagueiro. O fato de ter mexido essa peça e ter tido êxito faz com que o grupo ganhe moral e confiança se forem feitas outras alterações nos últimos sete jogos”, disse o técnico Vagner Mancini após a vitória diante do Flamengo.
E Rodrigo Souto não vê problema nenhum em continuar atuando mais recuado. Segundo ele, o importante é ajudar o Botafogo, seja como for. “Se o treinador quiser me manter na zaga, não tem problema. O jogador quer sempre entrar em campo. Respeito quem é da posição, mas se ele mais uma vez precisar, estou pronto. Já havia atuado algumas vezes como zagueiro e estou preparado. Consegui jogar bem na posição, principalmente por causa da ajuda dos meus companheiros da defesa”, finalizou.
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