De novo titular, Ralf se surpreendeu com retorno e agradeceu substituto
Destaque no clássico contra o Santos no domingo, Ralf esperava acompanhar o jogo do banco de reservas. Para ele, foram duas surpresas que envolveram o retorno à equipe após 11 jogos de fora: ser titular foi a primeira. Suportar os 90 minutos da partida no Itaquerão, vencida por 1 a 0, foi a segunda.
Quando perguntado por Mano Menezes sobre suas condições para voltar ao time, em treinamentos da semana passada, Ralf foi sincero – ou modesto. Em recuperação de um edema ósseo no joelho direito, ele disse que não assegurava a presença por todo o clássico. Mesmo assim, o treinador resolveu apostar no vigor do volante.
“Eu disse a ele que era difícil naquele momento, mas que para 60 ou 70 minutos eu jogaria à altura. Fiquei de fora por 11 jogos, nós vínhamos de um resultado ruim (empate em casa com o Coritiba), mas o time só tinha a ganhar com o meu retorno”, reconheceu Ralf, campeão do mundo pelo Corinthians em 2012.
A surpresa de Ralf se deu também em razão do momento de Bruno Henrique, seu substituto. Além de melhorar a condição técnica no meio-campo com Elias, Bruno havia marcado o gol do empate contra o Coritiba. Por isso, quando informado que estaria de volta, Ralf procurou o colega.
“O Bruno nos ajuda desde que eu estava jogando, ele sempre deu conta do recado. Na minha ausência, ele também correspondeu bem, esteve à altura. Eu conversei bem com ele sobre isso e disse obrigado. Agora, o Bruno volta contra o Bahia (Elias está suspenso do próximo jogo) e quem tem a ganhar é o Corinthians”, revelou Ralf.
Para ele, o retorno à equipe também foi um novo voto de confiança de Mano Menezes, com quem havia tido pequena rusga ainda nos tempos de Seleção Brasileira. Além de ser eleito capitão por Mano em janeiro, Ralf voltou a ser titular justamente quando seu concorrente vivia o melhor momento do ano.
A aposta se mostrou acertada no clássico e Ralf ofereceu o que tem de melhor para o Corinthians. Segundo dados do Footstats, ele realizou cinco desarmes diante do Santos, média superior a que possui no Campeonato Brasileiro, de 3,4 bolas roubadas a cada partida.
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