Topo

Como o interminável Paulo Baier ajudou Cruzeiro a melhorar bola aérea

O que Paulo Baier, ex-apoiador do Atlético-MG, fez para merecer idolatria do Cruzeiro, clube que nunca defendeu? - Cristiano Andujar/Getty Images
O que Paulo Baier, ex-apoiador do Atlético-MG, fez para merecer idolatria do Cruzeiro, clube que nunca defendeu? Imagem: Cristiano Andujar/Getty Images

Thiago Fernandes

Do UOL, em Belo Horizonte

11/06/2015 06h00

Basta um cruzamento na área do Cruzeiro para a torcida presente nas cadeiras dos estádios ficar preocupada, já que quatro dos seis gols sofridos no Brasileirão foram desta natureza. E não precisa se restringir ao campo de retaguarda do bicampeão nacional. O problema se alastra para outros setores e assola o time mineiro desde o início do ano. Mas um jogador tem potencial para solucionar este imbróglio. Autor do gol de cabeça que sacramentou a vitória sobre o Flamengo, na quarta-feira passada, no Mineirão, Manoel tem um histórico positivo neste tipo de jogada.

Revelado pelo Atlético-PR, o zagueiro começou a trabalhar as bolas aéreas com Paulo Baier, no período em que eles atuavam pelo time da Arena da Baixada. Ao término das atividades no CT do Caju, o meia-atacante, que atualmente defende o Juventude, se posicionava na lateral do campo e levantava bola na área a fim de exercitar estes lances com o antigo camisa 4 do Rubro-Negro.

Neco Cirne, empresário do defensor, conta que o interminável apoiador foi um dos responsáveis diretos pela ascensão de Manoel nas jogadas de bola aérea. Questionado sobre o início de carreira do atleta, o agente não esconde a gratidão ao camisa 10 do Juventude.

“O Paulo Baier ajudou e muito a esse menino. Quando ele era mais novo, o Paulo o viu no (CT do) Caju e disse: ‘Esse zagueiro tem futuro. Ele é bom, alto e forte, vai nos ajudar muito’. O Paulo, depois que ele subiu para o profissional, passava quase uma hora após o treino para trabalhar as jogadas de bola alta”, revelou ao UOL Esporte.

O representante do zagueiro não foi o único a ratificar a forma de trabalho adotada por Manoel e Paulo Baier. Membros da imprensa especializada do Paraná também confirmam que o antigo meia-atacante do Atlético-PR se importava com estes lances quando o assunto era moldar o jovem defensor.

Embora não queiram se revelar, os repórteres não se importam de dizer que, durante as atividades, Paulo Baier ensinou o ‘caminho das pedras’ ao jogador que chegou a despertar o interesse do Cruzeiro e de outros grandes clubes do futebol nacional.