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Para auxiliar gringo do Cruzeiro, Paulo André troca livros por videogame

Paulo André é o responsável por auxiliar Giorgian De Arrascaeta na adaptação ao futebol brasileiro - Washington Alves / Light Press
Paulo André é o responsável por auxiliar Giorgian De Arrascaeta na adaptação ao futebol brasileiro Imagem: Washington Alves / Light Press

Thiago Fernandes

Do UOL, em Belo Horizonte

26/06/2015 06h00

O Cruzeiro terá a volta de Giorgian De Arrascaeta para enfrentar o Coritiba, neste domingo, às 16h, no Couto Pereira, pela nona rodada do Campeonato Brasileiro. O uruguaio, de 21 anos, teve problemas de adaptação na chegada a Belo Horizonte, mas contou com a amizade de Paulo André para driblar esta situação.

Preocupado com a dificuldade encontrada pelo camisa 10 para se adequar à cidade, o zagueiro passou a se concentrar com o atleta, dez anos mais novo que ele. Na tentativa de enturmá-lo com o restante do elenco, o camisa 26 voltou, inclusive, a ter um hábito bastante antigo.

“Eu acabei passando a concentrar com ele a partir de fevereiro, março. Comecei a jogar videogame com ele. Perdi quase todas, mas tudo bem. Fazia muito tempo que eu não jogava e ele percebeu isso”, relatou.

A principal preocupação em relação a Giorgian De Arrascaeta é no quesito timidez. Nascido em Nuevo Berlín, município com 2450 habitantes, o meia-atacante joga pela segunda vez em uma metrópole. Ele foi revelado pelo Defensor Sporting, do Uruguai, e teve que residir em Montevidéu, que tem 1,2 milhão de pessoas, metade da população de Belo Horizonte.

“Ele é cabeça aberta, apesar da timidez. É um moleque desacostumado a vida de cidade grande. Veio de Nuevo Berlín, uma cidadezinha com 2 mil habitantes mais ou menos. Aí ele vem para Belo Horizonte, uma cidade muito maior. É normal que tenha essa situação”, afirmou.

Aos 31 anos, o histórico de clubes defendidos por Paulo André não é tão grande. O defensor defendeu as cores do Le Mans, da França, entre 2006 e 2009, e Shanghai Shenhua, da China, no ano passado.

“Eu joguei fora do Brasil algumas vezes. Sei que, quando a gente está jogando fora da nossa casa, do nosso país de origem, deve haver algo mútuo para que a gente possa se adaptar ao local”, concluiu.