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Duelo entre criador e criatura. Levir 'descobriu' Adilson há quase 30 anos

Adilson Batista (esquerda) e Levir Culpi (vermelho) trabalharam juntos no Atlético-PR, na década de 80 - Arquivo pessoal
Adilson Batista (esquerda) e Levir Culpi (vermelho) trabalharam juntos no Atlético-PR, na década de 80 Imagem: Arquivo pessoal

Victor Martins

Do UOL, em Belo Horizonte

28/06/2015 06h00

O jogo entre Atlético-MG e Joinville, neste domingo, às 11h, no Mineirão, marca o encontro de dois paranaenses que se conhecem há quase 30 anos. Pelo lado atleticano está Levir Culpi, técnico que tem participação decisiva na carreira de Adilson Batista. O atual treinador do Joinville é muito grato a Levir, que o lançou como jogador profissional, em 1986.

Apenas um ano depois de largar a carreira dentro de campo, Levir já estava no banco de reservas. O ex-zagueiro estava no comando do Atlético-PR, seu segundo clube na nova função. E foi nessa época que ele viu Adilson em ação e deu a primeira chance ao zagueiro, que ainda estava na base do clube paranaense.

“O Adilson é muito inteligente. Eu fui ver um treinamento do júnior do Atlético-PR e logo depois do primeiro treino eu mandei puxar o quarto zagueiro para o time principal. Era o Adilson. Ele era muito técnico e já se destacava. Agora, como técnico, está se reciclando, fazendo cursos e aprendendo sempre. É um cara que merece todo o nosso respeito, além de ser meu amigo. Uma pena que a gente vai ter de se matar no domingo”, contou Levir.

Se o técnico do Atlético lembra bem de Adilson, o treinador do Joinville mostra um carinho especial com Levir, com quem trabalhou duas vezes. Além do Atlético-PR, ambos se reencontraram no Atlético-MG, em 1994. O time de Levir Culpi foi semifinalista do Brasileirão e Adilson erra zagueiro da equipe que acabou eliminada pela Corinthians.

“Vai ser um privilégio reencontrar o Levir, foi que ele que me deu a primeira oportunidade como profissional, no Atlético-PR. Tenho um carinho e um respeito muito grande por ele. Trabalhei com ele novamente em 1994, no próprio Atlético-MG, pois também fui atleta do Atlético-MG. Já enfrentei outras vezes, como jogador e com o treinador. Sei a dificuldade que é jogar contra”, lembrou Adilson Batista.

E é essa boa relação que gera um certo incomodo no treinador do Atlético. Levir revelou que não gosta muito de enfrentar amigos e nem de jogar como visitante contra as equipes de Curitiba. Espontâneo como de costume, o técnico do Atlético ainda brincou que o dia vai ser de abraçar e matar um amigo.

“Não gosto de enfrentar amigos, não me sinto muito bem. Não gosto de jogar lá em Curitiba. É um pouco desconfortável. Aí fica aquela coisa. Você tem que abraçar e tem que matar o cara. Sabem como é? Tem que dar uma facada, você quer ganhar o jogo. É um negócio meio chato. Não tem como administrar bem essa coisa, mas faz parte”, disse em tom de brincadeira.