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Amigos lamentam saída e revelam dedicação de Guilherme até fora do clube

Victor Martins

Do UOL, em Belo Horizonte

01/07/2015 11h15

Liberado pelo Atlético-MG, o meia Guilherme já está no México para realizar exames médicos e assinar um vínculo de três anos com o Cruz Azul. O clube mexicano mandou um documento à diretoria alvinegra assumindo o compromisso de pagar a multa contratual para contar com o jogador, caso seja aprovado na avaliação médica. A saída de Guilherme foi bastante lamentada por parte da torcida, afinal de contas se trata de um jogador com alto poder de decisão.

É verdade que Guilherme pouco atuou. Em pouco mais de quatro anos de clube ele ficou fora em metade das partidas disputadas. Uma série de lesões musculares impediram que o camisa 17 tivesse uma grande sequência de jogos com a camisa alvinegra. Mas entre as 139 partidas que disputou, Guilherme foi decisivo e teve participação direta nos títulos estaduais de 2012 e 2014, na Libertadores de 2013 e na Copa do Brasil do ano passado.

Chamado de “Craque” entre os companheiros de clube, Guilherme vai deixar saudade na Cidade do Galo. Não só do departamento médico, mas de todos que conviveram com o maranhense de 26 anos. “Eu não o conhecia antes de chegar aqui. A gente fez uma amizade bem bacana no Atlético. Vai nos fazer falta. Hoje quando olho o futebol brasileiro não vejo nenhum jogador com a qualidade do Guilherme”, comentou Josué, o jogador mais próximo de Guilherme.

E o experiente volante fez outra revelação sobre o amigo. Como Guilherme luta para diminuir o número de lesões musculares, ele se tratava em casa. O recurso era fazer banheira de gelo em casa, como se faz no clube após cada atividade em campo. “Não sou especialista, mas sei que depois de cada treino ou jogo nós temos micro lesões. Por isso é preciso fazer a banheira de gelo, para ajudar na recuperação. Já vi o Guilherme passando em loja de conveniência para comprar sacos de gelo para fazer tratamento em casa. É um cara que sempre se cuidou”.

A saída é uma decisão do próprio jogador. O Atlético queria a permanência de seu camisa 17 até o final de 2017. Tanto que o presidente Daniel Nepomuceno ofereceu uma extensão do contrato por mais duas temporadas. Os valores, no entanto, eram inferiores ao que são oferecidos pelo Cruz Azul. Com a decisão de Guilherme tomada, só resta aos companheiros lamentarem a saída de um amigo.

“Ele contribuiu em todas as nossas conquistas. É um cara exemplar, profissional de grande gabarito e que fez gols importantes. É uma perda significativa do grupo, pela genialidade dele. Eu o apelidei de Craque, pois tem uma visão de jogo diferente. Vamos sentir falta dele”, lembrou e lamentou o capitão Leonardo Silva.