Vasco já colocou 'água no chope' em gozação do Flu por lado no Maracanã

Na queda de braço pelo lado direito da arquibancada do Maracanã, o Fluminense levou a melhor e já deu mostras de que não aliviará o Vasco nas provocações. Os cruzmaltinos, porém, têm motivos para acreditar que, no fim das contas, podem sorrir por último neste domingo no Maracanã.

Em julho de 2013, o duelo promoveu a reabertura do estádio para clubes. Já com contrato assinado com o consórcio que administra o local, o Tricolor fez valer sua opção por abrigar seus torcedores no setor antes ocupado pelos vascaínos e não perdeu a chance de alfinetar.

Um chamativo mosaico foi aberto pelos fãs do Fluminense com a frase “é o destino”,  numa clara referência à mudança de posicionamento das torcidas. Em campo, porém, o Vasco levou a melhor e venceu por 3 a 1. Autor do primeiro gol, o ex-jogador Juninho Pernambucano foi até o setor destinado aos tricolores e, na comemoração, deu o recado: “Esse lado é nosso!”.

Na arquibancada, os cruzmaltinos devolveram a piada sendo irônicos: “É o destino! É o destino! O tricolor ser freguês de vascaíno”, cantaram lembrando da supremacia do time de São Januário nos confrontos gerais.

Neste domingo, o Tricolor fará a apresentação do craque Ronaldinho Gaúcho justamente no lado direito. Antes do acerto, o presidente do Vasco, Eurico Miranda, chegou a declarar que o meia estava 90% fechado. Por conta desta situação, o atacante cruzmaltino Eder Luis acredita que a ação tricolor será uma provocação:

"Muitas pessoas levam para o lado da piada. Ele (Eurico Miranda) é um homem tão sério que não se abala com isso, mas algumas pessoas se aproveitam, o Fluminense se aproveitou disso. Mas o presidente confia nos jogadores e nós vamos buscar os três pontos, com ou sem apresentação. Para mim é claro que é uma provocação, mas pode ter certeza, o nosso presidente não perde o sono por causa disso".

Entenda o caso
Quando assumiu a presidência do Vasco, Eurico Miranda enfatizou que sua equipe não enfrentaria o Fluminense no Maracanã caso não prevalecesse um direito adquirido pelo clube de alocar sua torcida no lado direito da arquibancada por ter sido o primeiro time a ser campeão no estádio, em 1950.

O Tricolor, no entanto, assinou um contrato com o consórcio que administra o "Maior do Mundo" em 2013 e optou justamente pelo lado direito para abrigar seus fãs. Uma troca de farpas, então, passou a ser dada e, no Campeonato Carioca, sem um consenso entre ambos, o jogo acabou sendo transferido para o Engenhão.

Neste Brasileiro, o duelo de domingo chegou a ser marcado com torcida única pela CBF, mas a entidade, posteriormente, acatou uma determinação do Ministério Público para que o confronto ocorresse com vascaínos e tricolores no estádio.

Numa última tentativa, o Vasco entrou com ação na Justiça pedindo o acesso ao contrato entre Fluminense e o consórcio que administra o Maracanã, mas o desejo foi negado. Na sequência, o juiz André Pinto se declarou incompetente para julgar o caso. A ação saiu da 33ª Vara Cível e foi transferida para o Juizado do Torcedor e Grandes Eventos. Na prática, nada mudou para o duelo de domingo, mas a discussão promete ser longa nos bastidores.