Volante do Atlético-MG desabafa após tropeço: "O Corinthians não vacila"

Definitivamente não passava pela cabeça de ninguém no Atlético-MG um tropeço diante do Joinville, o lanterna do Campeonato Brasileiro. Para uma equipe que sonha com o título da competição é determinante não bobear diante dos times da parte de baixo da tabela. Apesar da boa atuação, especialmente no começo da partida, o Atlético apenas ficou no 2 a 2, resultado que fez aumentar para sete pontos a diferença em relação ao líder Corinthians

Se vários jogadores do Atlético deixaram o campo falando em brigar pelo título, o volante Leandro Donizete foi o único que saiu do gramado na bronca pelas inúmeras chances perdidas pelo time diante do Joinville. Somente o meia Giovanni Augusto teve três ótimas chances, mas chutou duas para fora e na terceira parou no goleiro Agenor.

"Time começou o jogo com duas chances e não fez. Time que quer ser campeão tem de matar a partida ali já. Time que ser campeão não pode perder esse tanto de gols. O Corinthians não vacila e nós estamos vacilando. Essa é a diferença", esbravejou o volante, que considera a situação difícil.

"Fica difícil. Era ganhar e ficar no mínimo com a mesma diferença de pontos. Agora é esquecer e fazer nosso trabalho jogo a jogo. Mas não podemos vacilar mais".

E Leandro Donizete tem razão. Atlético e Corinthians dividem o posto de segundo ataque mais positivo do Brasileiro, 48 gols cada equipe, apenas um a menos do que o Palmeiras. A diferença está no número de finalizações. Os atleticanos finalizaram 44 vezes a mais, de acordo com o Footstats.

Cada time acertou o alvo em 152 tentativas. Porém o Atlético finalizou para fora em 221 oportunidades, contra 177 do Corinthians. Essa falta de pontaria e baixo aproveitamento nas chances criadas foi também a explicação de Levir Culpi para o empate com o Joinville.

"Acho que o jogo foi decidido na falta de aproveitamento de chances criadas. Nós criamos muito e fizemos apenas dois gols", disse o treinador, que lamentou algumas oportunidades claras que foram perdidas.

"O problema maior foi as chances muito claras, que não aproveitamos. Chances que não temos nem em treinamento", completou.