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Briga judicial e jejum "atormentam" Damião. Mano tenta recuperar goleador

Leandro Damião vive momento difícil com a camisa do Cruzeiro. Ele, porém, já fez 16 gols pelo time mineiro - AFP PHOTO / Douglas MAGNO
Leandro Damião vive momento difícil com a camisa do Cruzeiro. Ele, porém, já fez 16 gols pelo time mineiro Imagem: AFP PHOTO / Douglas MAGNO

Thiago Fernandes

Do UOL, em Belo Horizonte

22/10/2015 06h00

Leandro Damião ainda não sabe onde atuará na próxima temporada, conforme revelado pelo UOL Esporte nessa quarta-feira. Entretanto, uma coisa é certa: Mano Menezes espera recuperá-lo neste ano. A intenção do treinador é que o centroavante volte a balançar as redes com a camisa do Cruzeiro. O seu último gol ocorreu há mais de dois meses, quando o atual bicampeão nacional perdeu para o Palmeiras, por 2 a 1, no Allianz Parque, pelas oitavas de final da Copa do Brasil.

O jejum do camisa 9 já dura sete partidas e se tornou ainda mais latente depois do gol desperdiçado diante do Fluminense, nesse domingo, em confronto válido pela 31ª rodada do Campeonato Brasileiro. Na ocasião, o atleta errou uma finalização em que o goleiro Diego Cavalieri já estava completamente batido.

Vinícius Prates, empresário do jogador, justifica o equívoco com a ansiedade, sobretudo por conta dos problemas extracampo nos quais ele está envolvido, como a ação judicial contra o Santos.

“Você (repórter) viu o gol que ele perdeu no último jogo? Ele não está acostumado a perder gols desse tipo. Não condiz com a carreira do Leandro (Damião). É normal que o jogador tenha um pouco de ansiedade quando vive uma situação como a que ele vive atualmente. Tem a situação judicial, é algo que interfere em campo, é inevitável”, declarou ao UOL Esporte.

Após o compromisso, Mano Menezes também saiu em defesa do jogador. O treinador revela o que pretende fazer para recuperar a boa fase do atleta, que já anotou 16 gols em 41 partidas disputadas nesta temporada.

“Quando as peças estão no lugar, é muito melhor para quem precisa entrar. Assim vamos ter de recuperar o Damião. Peço um pouco de paciência para o torcedor. Ele teve a chance de fazer o gol (contra o Fluminense), foi preciosista demais. Ele voltará a fazer gols. Centroavante vive disso. A equipe se ajustou com mais mobilidade”, comentou.

“Penso que um centroavante fixo, dentro do miolo da defesa, reduz a capacidade da equipe de criar jogadas ofensivas. Já tomei bastante pau por achar isso há algum tempo. Ele (Leandro Damião) também precisa se adaptar a uma nova maneira de jogar. Às vezes é cômodo querer ficar fazendo pivô, e os zagueiros têm mais facilidade de marcar. Foi difícil para os zagueiros do Fluminense encontrarem Arrascaeta e Willian. Penso que o futebol de hoje exige isso. Às vezes, você precisa mudar a característica de jogo. Um plantel, um elenco tem de ser formado por características diferentes”, acrescentou.