Argel sobre risco de demissão no Inter: "Não fico uma semana parado"
Argel Fucks está sob pressão, mas mantém a postura. Nesta sexta-feira (8), o treinador do Internacional repetiu a resposta de que está tranquilo diante da série de cinco jogos sem vitória no Campeonato Brasileiro. Do risco de demissão.
Falou que não vê diferença entre as cobranças que sofreu no Figueirense, Portuguesa e Criciúma e justificou a escolha por Ariel Nahuelpan titular contra o Santa Cruz, na 14ª rodada do Brasileirão.
“Não me preocupo com isso (demissão), estou tranquilo. Fazendo o meu trabalho como sempre fiz. Ganhei dois títulos em 11 meses. Caso isso aconteça, não fico uma semana parado”, disse Argel em entrevista coletiva.
Contratado em agosto de 2015, Argel conquistou o Campeonato Gaúcho e também a Recopa Gaúcha. Depois da arrancada acima das expectativas no Brasileirão, o Inter desabou. Nas últimas cinco rodadas, conseguiu apenas um ponto.
“Em momento algum me preocupa o meu cargo. Estou muito tranquilo, o nosso trabalho é muito forte e seguro. A sequência é ruim, a gente reconhece. O problema é que a gente começou muito bem e se vendeu uma ilusão do time brigar pelo título. Mas não por nós, pela imprensa”, afirmou Argel.
O treinador ainda confirmou a escalação para o jogo contra o Santa Cruz, domingo, em Recife. Ariel Nahuelpan fará sua estreia. Luis Manuel Seijas ficará no banco.
“Não tínhamos um jogador com essa característica, com experiência. O Ariel já está entrosado, já viu vídeos. Não é porque ele vai jogar que vamos lançar lá de trás e esperar ele responder. O Ariel vai cumprir uma função dentro da área, onde a bola tem passado muito”, apontou.
Confira outras respostas do treinador do Internacional
SEIJAS NA RESERVA
Não contratamos o Seijas no escuro, olhamos e observamos. Quando ele chegou, tive uma conversa e perguntei onde ele pode jogar. Nas palavras dele, disse que se sente muito confortável de jogar como um 10. Ele tem total confiança, não vai começar, mas certamente vou usar ele. Precisamos ser mais ofensivos neste jogo. O Seijas veio de um futebol diferente, de uma sequência muito forte, e precisa de tempo para se adaptar.
RISCO DE DEMISSÃO
Uma coisa que não me preocupo é com o meu cargo. Estou pressionado desde o dia que cheguei. Procuro fazer o meu trabalho. Não mudamos em nada nossa forma de conduzir o trabalho. Tivemos uma sequência que ninguém acreditava e agora estamos nessa sequência, que também ninguém acredita. Em momento algum me preocupa o meu cargo. Estou muito tranquilo, o nosso trabalho é muito forte e seguro. A sequência é ruim, a gente reconhece. O problema é que a gente começou muito bem e se vendeu uma ilusão do time brigar pelo título. Mas não por nós, pela imprensa. E antes do começo, pela imprensa, nós íamos brigar para não cair. A gente sabe como é futebol, é longo. A gente não comemora muito e não faz tempestade num copo d’água.
INTER LUTA POR QUAL OBJETIVO
Pelo o que o Inter briga? Nós brigamos rodada a rodada. Alguma vez você viu eu falando em briga pelo título? Vamos jogo a jogo, rodada a rodada. Sempre tive essa postura. O Inter não quer ser favorito, quer ganhar. Isso é uma mantra, como vocês colocam aí. Se vamos ser campeões, se vamos para Libertadores, só em dezembro vamos saber. Nem quando a gente ganhou cinco jogos mudamos o discurso e nem agora vamos mudar. Quem mudou foi a imprensa, que depois de cinco rodadas falou que íamos ser campeões e antes era briga contra o rebaixamento.
ATITUDE NO JOGO INTEIRO
Atitude é fundamental em qualquer time de futebol. Estaria muito mais preocupado se fossem 90 minutos assim. Pelo contrário, o intervalo tem sido muito bom. Temos que fazer o começo do jogo ser muito bom também. Isso parte do comandante, mas dos jogadores também. Porque a gente espera 45 minutos? Para conversar e aí voltar com uma atitude diferente? Não podemos esperar o adversário sair na frente para entrarmos no jogo. Se a gente já fez isso, podemos fazer. Esse é o nosso objetivo, jogar o primeiro tempo com atitude e comprometimento.
TIME DEVE RENDER MAIS COM REFORÇOS
Deveriam ter chegado antes os reforços, mas chegaram agora. Chegaram dois. E claro que o aproveitamento tem que ser melhor com eles.
PRESSÃO FORTE
Eu, particularmente, estou muito acostumado. Eu me preparei para estar aqui e a pressão é a mesma. Aqui, no Figueirense, Portuguesa, Criciúma. É igual, não muda nada. Talvez um pouquinho mais forte, por ser Série A. Uns tem pressão por ser campeão, outro pela Libertadores, mais uns pela briga para não cair. No futebol um dia você ganha, um dia empata e em outro perde.
INTER NÃO VIROU NENHUM JOGO NO ANO
Acho isso coincidência. Temos que trabalhar para ganhar, não para virar jogos. Às vezes é coincidência, fase. O trabalho é para sair na frente, fazer um gol e ganhar tranquilidade. Precisamos é sair na frente. Não me preocupa essa questão da virada.
ARIEL NO TIME TITULAR
Temos um cara que vai fazer o pivô, um jogador que vai segurar essa bola lá dentro. Um definidor. E no jogo passado, faltou um cara do ofício para empurrar a bola para dentro. E principalmente com a experiência do Ariel. Ele não é a salvação do time, mas uma peça que não tínhamos. Agora, se tem três jogadores por trás dele, e um cara que segura a bola, você vai ter aproximação. E vai ter mais lateral chegando.
DIFICULDADE EM NOVA PROPOSTA OFENSIVA
Não vejo dificuldade, jogávamos com o Vitinho assim. Ele ficava à frente. O Vitinho não tinha o poder de segurar, fazer o pivô. Eu vejo vantagem, a bola vai parar na frente. Ele é um cara de retenção. Vai facilitar para o Vitinho, para o Sasha, para o Ferrareis ou Andrigo, Anderson. Vamos variar, não vamos jogar só pelos lados. Vamos jogar por dentro também. Acredito que vai melhorar, temos um jogador experiente. Uma referência. Um argentino, um brigador.
CONVERSA COM O GRUPO SOBRE A SÉRIE ATUAL
Eu passo confiança, tranquilidade. Isso é importantíssimo. Eu sempre assumi a responsabilidade, desde que cheguei. A gente passa a confiança, de recuperar. Ter convicção, analisar que é uma fase técnica ruim, que vamos dar a volta por cima. Que esse grupo tem qualidade. Mesmo com uma fase ruim, estamos no bolo do campeonato. E se ganhar duas, vai lá para cima. Se perder duas, vai lá para baixo. É muito difícil, se ganha do líder e perde para o lanterna. A gente passa confiança e tranquilidade. O que mais faço é blindar jogador. Eu fui jogador, joguei por 18 anos. A pressão é toda canalizada em mim, é melhor. Deixo eles tranquilos e serenos.
BRENNER FICOU FORA DO GRE-NAL
O Brenner entrou no BID às 19h de sexta. E eu entendo que o Brenner ainda não está pronto. Entendo que Maurides, Ariel estão à frente dele. Ele teve uma lesão muito séria. Ele está praticamente a três meses sem jogar. Então é coerência, e sequencia. O Brenner vai ter essa oportunidade comigo, a gente tem dado oportunidade a todos.
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