Binóculo, drible em treino e provocação: o Renato treinador no Gre-Nal
Renato Gaúcho comandou o Grêmio em sete clássicos Gre-Nal. Venceu dois (em um deles não estava presente, mas garante que treinou o time), empatou quatro e perdeu apenas um, exatamente o que valia título. E mesmo que ainda não tenha as mesmas histórias da época de atleta, o treinador gremista já fez muita coisa do reservado azul, branco e preto.
Treino muda de horário só para imprensa
Um bom exemplo de fato curioso protagonizado por Renato em clássicos como treinador ocorreu em 28 de abril de 2011. O Tricolor era campeão do primeiro turno do Gauchão e se preparava para a final do segundo, diante do Inter. Se vencesse, seria campeão antecipadamente.
No fim do trabalho de quarta-feira (27), Renato orientou a assessoria de imprensa gremista a informar que o horário do trabalho no dia seguinte havia sido alterado. Das 8h30 para as 10h. Tudo encarado com naturalidade, já que seriam dois turnos de atividade. Porém, aos jogadores a hora do treino não foi alterada, todos chegaram às 8h30 e trabalharam sem a presença dos jornalistas. O 'drible' nos jornalistas acabou servindo para o único treino com titulares visando aquele clássico, já que o período da tarde foi cancelado. Em campo, o Grêmio empatou e perdeu nos pênaltis a chance de ser campeão.
Regendo a torcida do Internacional
No mesmo ano, na mesma decisão de Gauchão só que no primeiro jogo da final absoluta, Renato Gaúcho provocou a torcida rival ao entrar em campo. Vaiado pelos aficionados vermelhos, o treinador gremista não titubeou. No reservado em frente a eles, no Beira-Rio, virou-se de costas para o campo e, com as mãos, regeu as vaias adversárias tal qual uma orquestra. Foi ainda mais xingado pelos rivais, mas mostrou estar pouco preocupado com isso.
Do quarto do hotel, treinando o time pelo celular
Renato Gaúcho não quis participar do primeiro Gre-Nal disputado fora do país na história. Pela fase inicial do Gauchão de 2011, o jogo foi levado para Rivera, no Uruguai, e ambos os clubes optaram por escalar reservas pois estavam envolvidos na Libertadores. E nem mesmo os treinadores principais foram.
Alegando cansaço, Renato permaneceu em Porto Alegre, mas garante ter treinado o time. Do quarto do hotel onde morava, com a televisão ligada, passou todas as instruções para Roger Machado - que era auxiliar e esteve à beira do campo. Portaluppi, inclusive, disse depois do jogo que partiu dele a ordem para colocação de Lins no segundo tempo. E foi o atacante que fez o gol da virada que garantiu a vitória por 2 a1.
Binóculo e troca de farpas com D'Alessandro
Em 2013, o clássico Gre-Nal do segundo turno do Brasileiro apontava o Tricolor bem melhor classificado. Longe na classificação, as posições dos clubes geraram provocação de Renato. O treinador dizia que o Inter precisaria de 'binóculo' para enxergar o Grêmio na tabela.
Capitão do Colorado, D'Alessandro não gostou. Ainda mais quando, em campo, Vargas marcou pelo Grêmio e imitou um Saci - mascote do Inter - na comemoração. De pronto, quando fez seu gol no empate em 2 a 2, D'Ale colocou as mãos no rosto, imitando um binóculo.
Depois do jogo, provocações de parte a parte. "O time que usa binóculo também tem que ver seus títulos em fita VHS. Porque não existia DVD na época", disparou D'Alessandro. "Está fazendo binóculo para nos ver, senão não consegue. O que ele tem de idade, eu tenho de títulos", rebateu Renato.
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