Mercado da bola acirra rivalidade de bastidores entre Santos x Palmeiras
O clássico entre Santos e Palmeiras tem sido cercado de polêmicas dentro e fora do campo desde o início do passado. No entanto, a crise entre os clubes também ocorre nos bastidores, mais precisamente no mercado da bola. De um lado, ressentimento. Do outro, a consciência tranquila.
O UOL Esporte apurou que a diretoria santista está 'engasgada' com os dirigentes do clube alviverde, principalmente com o diretor de futebol, Alexandre Mattos, responsável por centralizar as investidas palmeirenses no mercado de transferências.
Os santistas acusam o dirigente de atravessar negociações. O estopim foi o atacante Keno, do Santa Cruz. O alvinegro praiano já havia formulado o pré-contrato e enviado para o jogador assinar. No entanto, o Palmeiras entrou no negócio, cobriu a proposta salarial e também de direitos econômicos e ficou com o atleta.
Do outro lado, o Palmeiras garante possuir a 'consciência tranquila' na negociação com Keno. Em relação à proposta salarial, por exemplo, pessoas ligadas à diretoria garantem números equivalentes ao clube de Vila Belmiro; o projeto a médio prazo é apontado como fator decisivo para a escolha do atacante do Santa Cruz.
Nos bastidores, o Santos também alega que o Palmeiras tenta atravessar o clube na contratação do meia venezuelano Alejandro Guerra, do Atlético Nacional, da Colômbia, e até de uma jovem revelação da Chapecoense, o meia Hyoran.
O interesse de Palmeiras no meio-campista do clube catarinense é antigo, despertado ainda no encontro entre os dois clubes no primeiro turno. Ainda em agosto, o atual líder do Brasileiro iniciou a análise para a contratação de Hyoran, que possui uma alta multa de 6 milhões de euros (R$ 21,5 mi).
Mas a bronca em relação ao mercado da bola vem desde o início do ano passado. O Santos alega que foi atravessado nas contratações do zagueiro Victor Hugo, do volante Amaral (este já deixou o Palmeiras), e do meia Tchê Tchê, ex-Audax.
Além dos reforços perdidos, a diretoria santista acusa os dirigentes do Palmeiras de assediar seus principais atletas - casos de Ricardo Oliveira, Lucas Lima e Thiago Maia.
Em 2015, o Palmeiras chegou a sonhar com a contratação de Ricardo Oliveira, que acertou a renovação com o Santos. Em maio, o jogador teve até que provar que era falso um contrato que teria assinado com o rival e que circulou nas redes sociais.
Meses depois, o Santos se irritou com a informação de que o empresário André Cury tentou atravessar a renovação de Thiago Maia, com uma proposta do Palmeiras.
No caso de Lucas Lima, os santistas alegam que o Palmeiras fez uma proposta salarial "tentadora" ao jogador e tentou costurar um acerto com a Doyen Sports, detentora de grande parte dos direitos econômicos do atleta, antes de falar com a diretoria alvinegra.
O Palmeiras, por outro lado, se defende. Em entrevista concedida à Rádio Jovem Pan, no último mês de janeiro, o presidente Paulo Nobre garante que Lucas Lima foi oferecido ao clube alviverde, assim como Thiago Maia durante a novela sobre a renovação.
"O Modesto [Roma] ficou irritado quando surgiu a história de que o Palmeiras queria o Thiago Maia. Mas foi a mesma coisa: o empresário nos ofereceu porque queria um aumento lá no Santos", declarou Nobre, que enxerga os problemas em relação às diferenças do presidente santista e do diretor palmeirense Alexandre Mattos.
"O Modesto deu um chilique, mas é uma pessoa que eu adoro. Ele é carinhoso, é um dos dirigentes com o qual eu me dou melhor. Só que ele tem um problema com o Alexandre Mattos desde os tempos do Cruzeiro", disse, ainda em janeiro.
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